Michael Bloomberg na abertura da bolsa em Nova York| Foto: Allison Joyce/ AFP
Obama e o governador Chris Christie na chegada em Nova Jersey
Pessoas caminham por um pier danificado no bairro Queens, em Nova York
Pessoas esperam por ônibus na 6ª Avenida, em Nova York
Imagem interna mostra inundação nas escadas rolantes da estação South Ferry Whitehall, do metrô de NY
Imagem da administração do metrô mostra a estação South Ferry Whitehall, em Manhattan, inundada
Residentes de Hoboken, em Nova Jersey, tentam sair de casa após a passagem da tempestade Sandy
Usando uma bicicleta, homem tenta se deslocar pelas ruas alagadas de Hoboken, em Nova Jersey
Ruas cobertas por água e areia em Margate, Nova Jersey, após a passagem da supertempestade Sandy
Tempestade deixa rastro de sujeira nas ruas do Brooklyn, em Nova York
Boa parte do Brooklyn está coberta com a sujeira trazida pela inundação
Diques portáteis que a tempestade derrubou agora são vistos na região do Brooklyn
Inundação causada pela tempestade Sandy invade uma estação de metrô de Nova Jersey
Centro financeiro da maior cidade dos EUA também ficou inundado
Funcionário de manutenção caminha na rua 33 com a 1ª, em frente ao Langone Medical Center, da NYU
Bombeiros prestam atendimento em um prédio cuja parede sofreu um colapso por causa da tempestade, em Nova York
Tempestade causada pelo furacão em Southampton, Nova York
Carro passa por área alagada em Southampton, Nova York
Ondas causadas pela força do furacão Sandy atingem a costa em Milford, Connecticut
Veículo atravessa área alagada em Southampton, Nova York: expectativa pela chegada do furacão Sandy
Bombeiros apagam incêndio em casa em Freeport, Nova York: estragos causados pelas tempestades do Sandy
Homem tira fotos das ondas gigantes em Milford, Connecticut
Mulher agarra-se ao guarda-chuva no Parque Georgetown Waterfront, em Washington
Casa inundada em Southampton, Nova York
Parte de um guindaste gigantes se rompeu em decorrência dos ventos fortes do furacão Sandy em Manhattan
Homem corre enquanto um carro de polícia interdita rua em Nova York
Árvore de Natal é derrubada pelos ventos do furacão Sandy em Ocean City, Maryland
Homem observa o mar agitado por causa do furacão Sandy em Montauk, Nova York
Estragos provocados pela tempestade Sandy no sul de Nova Jersey
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Abastecida por um gerador elétrico, a Bolsa de Nova York conseguiu abrir nesta quarta-feira (31) com relativa normalidade após dois dias fechada durante a passagem da tempestade "Sandy", que apagou o coração financeiro dos Estados Unidos pela primeira vez desde os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.

FOTOS: Veja as imagens dos estragos causados pela tempestade

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INFOGRÁFICO: Confira a movimentação da tempestade

"Isto é bom para Nova York e para a economia do país", disse o prefeito da cidade, Michael Bloomberg, em sua chegada nesta manhã ao histórico edifício do pregão nova-iorquino no número 11 da rua Wall Street, situado em uma das áreas de Manhattan mais afetadas pelos blecautes e inundações causados por "Sandy".

O prefeito de Nova York, acompanhado por Duncan Niederauer, executivo-chefe da gerenciadora da bolsa, NYSE Euronext, foi o encarregado de fazer soar o tradicional sino que dá início às cotações na cerimônia de abertura, que neste pregão soou com particular força após dois dias de silêncio.

Apesar das dúvidas, o início do pregão seguiu adiante sem problemas, mas com um volume de transações muito mais reduzido que o habitual. Tão atingido foi o distrito financeiro de Nova York por "Sandy" que a bolsa era um dos poucos edifícios iluminados nesta quarta-feira em toda a área, e isso graças a um gerador elétrico com combustível para manter o pregão nova-iorquino aberto durante 48 horas seguidas sem necessidade de reabastecer.

A poucas quadras dali, o panorama seguia desolador: estacionamentos e porões inundados, edifícios praticamente às escuras - muitos deles dos grandes bancos de Wall Street - e o túnel que conecta o extremo sul de Manhattan com o bairro de Brooklyn totalmente alagado.

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"Nesta manhã dizíamos meio de brincadeira que devíamos ser o único edifício ao sul de Midtown que tem água, luz e comida", disse ao canal financeiro "CNBC" o executivo-chefe da NYSE Euronext, que se mostrou satisfeito com a "tranquila" reabertura do pregão.

A passagem de "Sandy", que tocou terra na segunda-feira ao sul do estado de Nova Jersey e deixou pelo menos 40 mortos em todo o país, causou o primeiro fechamento da Bolsa de Nova York desde o 11/9, que manteve o pregão fechado durante quatro dias.

Além disso, Wall Street não tinha paralisado suas cotações durante duas jornadas consecutivas devido a causas meteorológicas há mais de um século, concretamente desde os dias 12 e 13 de março de 1888, quando uma enorme tempestade de neve arrasou o nordeste dos Estados Unidos e o Canadá.

Enquanto isso, o mercado Nasdaq, 100% eletrônico e cujos escritórios estão situados em Times Square, que quase não foi afetada pela tempestade, não sofreu grandes problemas, mas também paralisou suas cotações na segunda e na terça-feira em coordenação com os demais mercados de valores da cidade.

Visita aos estados afetados

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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, chegou nesta quarta-feira (31 a Nova Jersey para visitar junto com o governador desse estado, Chris Christie, as áreas afetadas pela passagem da tempestade "Sandy" e falar com alguns dos desabrigados.

O avião presidencial, no qual também viajaram o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, e o diretor da Agência Federal de Gestão de Emergências (Fema, na sigla em inglês), Craig Fugate, aterrissou no aeroporto de Atlantic City por volta das 13h locais (15h de Brasília).

Obama e Christie realizarão primeiro um voo sobre as áreas mais danificadas de Nova Jersey, onde "Sandy" tocou terra na segunda-feira e provocou uma grande devastação, assim como inundações nas áreas litorâneas. O presidente americano se reunirá com os desabrigados pela tempestade e inspecionará os danos nas zonas impactadas, segundo anunciou nesta terça-feira a Casa Branca. Também aproveitará para agradecer às equipes de emergência "que arriscam suas vidas para proteger suas comunidades" em situações críticas.

A tempestade "Sandy" continuava perdendo força hoje após ter causado entre 40 e 55 mortes nos EUA, segundo distintas estimativas, enquanto 6,2 milhões de lares seguem sem luz no nordeste do país. Os estados de Nova York e Nova Jersey foram os mais afetados pela passagem de "Sandy".

Verbas

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O governo Obama, interessado em mostrar agilidade na reação à tempestade Sandy, disse ter dinheiro suficiente para ajudar prontamente milhões de pessoas prejudicadas pela tragédia nos Estados Unidos.

O diretor da Agência Federal de Gerenciamento de Emergências (Fema) observou também que o presidente Barack Obama acelerou a liberação de verbas para as áreas mais atingidas pela tempestade, que passou pelos EUA a exatamente uma semana da eleição presidencial.

Craig Fugate, diretor da Fema, disse a jornalistas na terça-feira (30( que foi excepcional que Obama declarasse situação de "grande desastre" em Nova York e Nova Jersey enquanto a catástrofe ainda estava se desenrolando.

Isso dá a esses estados assistência financeira federal direta para os indivíduos, como proprietários de imóveis e empresas, que podem solicitar ajuda da Fema. Na terça-feira à noite, Obama incluiu também Connecticut nessa lista.

"Isso é extraordinário, no sentido de que geralmente fazemos avaliações mais minuciosas, e muitas vezes isso demora mais", disse Fugate a jornalistas.

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Obama também autorizou "declarações de emergência" para outros Estados que vão da Virgínia Ocidental e Massachusetts, e também para o Distrito de Columbia, onde fica a capital, Washington. Essas declarações permitem que a Fema coordene os esforços de auxílio às vítimas, e fornecem a base para uma ajuda federal, que os Estados podem negociar acréscimos.

A Fema tem um pouco mais de US$ 7 bilhões que podem ser rapidamente acessados para ajudar as vítimas. Com aprovação do Congresso, a agência pode liberar mais US$ 11 bilhões.

Fugate não deu indicações na terça-feira sobre quanto tempo poderá levar o trabalho de limpeza e recuperação após a super tempestade. A Fema ainda está trabalhando em projetos relacionados à passagem do furacão Irene, no ano passado, e o Sandy parece ter causado bilhões de dólares em estragos - o dobro ou até o triplo do prejuízo causado pelo Irene, segundo empresas especializadas nesse tipo de avaliação.

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Veja estragos causados pela tempestade Sandy