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O presidente Jair Bolsonaro participará neste mês de uma reunião de presidentes sul-americanos no Chile | Foto: Mauro Pimentel/AFP| Foto:

O presidente Jair Bolsonaro participará neste mês de uma reunião de presidentes sul-americanos no Chile para discutir a criação do Prosul, organismo internacional para se contrapor à Unasul (União de Nações Sul-Americanas) e isolar ainda mais o regime do ditador Nicolás Maduro na região.

A cúpula do Prosul foi convocada pelo presidente chileno, Sebastián Piñera, e está programada para 22 de março, em Santiago.

A criação do órgão é uma ideia encabeçada por Piñera, que ainda em janeiro convidou Bolsonaro a se incorporar ao grupo. Outro defensor da proposta é o presidente da Colômbia, Iván Duque.

Neste momento, segundo interlocutores do Itamaraty, o Brasil está participando das negociações do texto que deve ser publicado após o encontro.

A proposta chilena – que agrada o Brasil – é que o Prosul seja um órgão flexível, sem sede nem orçamento. A presidência do fórum seria revezada entre os países membros a cada ano.

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Com a criação do órgão, a Unasul, criada em 2008 por expoentes da esquerda na América do Sul – os ex-presidentes Lula, Hugo Chávez (Venezuela) e Cristina Kirchner (Argentina) –, ficaria esvaziada.

Desde 2017, quando o ex-presidente colombiano Ernesto Samper concluiu seu período à frente do organismo, a Unasul está sem secretário-geral em razão da falta de consenso entre seus membros.

O objetivo do organismo era aumentar a integração na região e funcionar como órgão regional sem influência dos EUA, um contraponto à Organização dos Estados Americanos (OEA).

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Alcance

De acordo com interlocutores no governo, o conteúdo do texto em negociação e os mandatários que participarão da cúpula no Chile para a criação do Prosul são importantes para definir o alcance que o novo órgão internacional pode ter.

Piñera, por exemplo, convidou o líder opositor Juan Guaidó, reconhecido por mais de 50 países como presidente interino da Venezuela, a participar da reunião sobre o Prosul.

Isso pode ser um obstáculo para que Uruguai e Bolívia, que não reconhecem Guaidó como presidente interino, enviem delegações à cúpula.

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