Uma bomba despejada pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) errou o alvo em mais de 2km e atingiu uma casa no leste do Afeganistão nesta terça-feira (9), matando pelo menos dois civis e ferindo dez em um momento no qual é elevada a tensão entre o governo e as forças estrangeiras por causa dos ataques aéreos.
O comando da Otan em Cabul alegou que ocorreu um defeito na arma disparada nesta terça-feira em Khost, no leste do país. O alvo original era um local supostamente utilizado por rebeldes afegãos para disparar foguetes.
"Uma investigação sobre a causa do incidente foi lançada imediatamente e mais detalhes serão divulgados assim que estiverem disponíveis", dizia um comunicado divulgado pela aliança atlântica.
Pelo fato de o Afeganistão ter poucas estradas e terreno muito escarpado, as forças dos Estados Unidos e da Otan no país recorrem muito a ataques aéreos para combater a milícia fundamentalista islâmica Taleban e a rede extremista Al-Qaeda.
Mas os bombardeios têm atingido rotineiramente áreas civis do Afeganistão e provocado a morte de muitos inocentes, o que levou o presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, a pedir aos EUA e à Otan que reavaliem o uso de suas forças aéreas.
Num incidente ocorrido em 22 de agosto, 90 civis morreram num bombardeio americano contra a aldeia de Azizabad. Dos 90 civis mortos, 60 eram crianças e 15, mulheres, segundo uma investigação afegã avalizada pela Organização das Nações Unidas (ONU). O comando militar americano alegou inicialmente que o ataque aéreo não teria matado mais de sete civis, mas decidiu reabrir a investigação depois do surgimento de imagens indicando que o resultado do inquérito afegão era correto.
Enquanto isso, o governo afegão informou que 27 supostos rebeldes morreram em dois bombardeios promovidos hoje no país. Também nesta terça-feira, a explosão de uma bomba matou três soldados americanos e um afegão. As informações são da Associated Press.
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