Imagem da Agência Central de Notícias da Coréia do Norte (KCNA) mostra o líder norte-coreano Kim Jong-Un participando de uma reunião com um comitê do Partido dos Trabalhadores | Foto: STR/ AFP

O teste com uma bomba de hidrogênio realizado pelo governo da Coreia do Norte no domingo passado (3) era mesmo muito potente, afirmaram especialistas norte-americanos nesta quarta (14). O regime anunciou que havia desenvolvido uma bomba de hidrogênio com "grande poder destrutivo" e que poderia ser colocada em mísseis intercontinentais. 

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Segundo especialistas, a eficiência dos artefatos utilizados no sexto teste nuclear realizado pelo regime de Kim Jong-un, é 17 vezes superior à bomba lançada sobre a cidade japonesa de Hiroshima em 1945, quando mais de 200 mil pessoas morreram. Isso significa que a bomba de Kim apresentou uma potência de explosão de cerca de 250 toneladas.

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Durante o último teste norte-coreano, o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) que monitora a atividade sísmica mundial, detectou um abalo de magnitude 6,3. Enquanto a província de Hamgyong do Norte, que faz fronteira com a China, relatou um tremor de 6,1 graus de intensidade na escala Richter. O governo de Seul, no entanto, estimou uma potência de apenas 50 toneladas, enquanto o Japão calcula 160.

Entretanto, os especialistas ainda não afirmaram se a bomba utilizada no teste foi mesmo de hidrogênio, ou a conhecida bomba H. 

Coreia do Sul 

O exército da Coreia do Sul realizou com sucesso o seu primeiro exercício de fogo real com um míssil de cruzeiro, nesta quarta-feira (13). O teste visou certificar a capacidade dos sul-coreanos em atacar preventivamente a Coreia do Norte, o que é cogitado como forma de evitar um eventual ataque nuclear do vizinho.  

O projétil Taurus, de fabricação alemã, foi disparado de um caça F-15 e voou a baixa altitude até atingir um alvo na costa ocidental da Coreia do Sul. Ainda de acordo com as forças militares do país, o míssil pode viajar por uma distância de até 500 quilômetros e possui tecnologia para evitar a sua detecção por radares.  

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Seul acelerou seus esforços militares após os seguidos testes nucleares realizados pelo ditador norte-coreano Kim Jong-un. O mais recente, ocorrido no dia 3 de setembro, foi também o mais potente e importante por contar com uma bomba de hidrogênio capaz de ser transportada por uma ogiva de míssil.  

Teste

A ação do regime norte-coreano foi condenada pela comunidade internacional. O Conselho de Segurança da ONU aprovou por unanimidade, nesta segunda-feira (11), uma resolução que determina novas sanções contra a Coreia do Norte.

Esta é oitava rodada de sanções aprovada pelo Conselho de Segurança contra a Coreia do Norte por seu programa nuclear.

Em resposta, o regime de Kim Jong-un comunicou na terça (12) que os Estados Unidos sofrerão "a maior dor" de sua história em breve. Um dia depois, Pyongyang ainda reafirmou que vai acelerar os seus esforços militares.