Uma bomba explodiu dentro de um terminal rodoviário ao norte de Bagdá nesta sexta-feira (29), matando pelo menos quatro pessoas e ferindo dez. Esse foi o mais mortífero de uma série de ataques no norte do Iraque.
Um soldado norte-americano também foi morto hoje em um ataque com granada, elevando para pelo menos 22 o número de soldados norte-americanos mortos neste mês. Este maio é o pior mês para as tropas dos EUA no país árabe desde setembro do ano passado, quando ocorreram 25 baixas por morte. Uma granada explodiu perto de uma patrulha norte-americana em Nínive, norte do país, disseram os militares em comunicado, sem dar maiores detalhes.
Segundo uma contagem da Associated Press, 4.303 soldados americanos morreram no Iraque desde março de 2003, quando forças estrangeiras lideradas pelos EUA invadiram o país árabe em busca de armas de destruição em massa que nunca vieram a ser encontradas.
As atividades insurgentes continuam no norte do Iraque, apesar das várias operações militares.
A bomba que explodiu no terminal rodoviário nesta sexta-feira estava presa a um carro estacionado dentro da estação no enclave xiita de Khalis, segundo a polícia local e relatos de um centro de operações de segurança. Militares norte-americanos disseram que o ataque ocorreu nas proximidades de um mercado de vegetais, matando uma pessoa e ferindo 14. Números contraditórios são comuns após a explosão de bombas no Iraque.
Mais cedo, um líder local de um grupo paramilitar sunita apoiado pelo governo iraquiano foi morto em uma explosão ocorrida no momento em que abria o açougue do qual era proprietário em uma cidade a nordeste Bagdá, informaram autoridades locais.
Khazal al-Sammaraie morreu e seis pessoas ficaram feridas na explosão de uma bomba escondida em uma motocicleta estacionada perto do açougue na periferia de Baquba, informou a polícia iraquiana.
Khalid Khudeir Mohammed, líder do principal grupo paramilitar a combater a também sunita Al-Qaeda no Iraque em Baquba, confirmou a morte. Capital da província de Diyala, Baquba situa-se 60 quilômetros a nordeste de Bagdá.
De acordo com Mohammed, Sammaraie liderava o braço local do chamado Conselho do Despertar, uma coalizão de grupos paramilitares sunitas que antes combatiam as forças estrangeiras lideradas pelos Estados Unidos e recentemente trocaram de lado.
O major Derrick Cheng, porta-voz das forças norte-americanas no norte do Iraque, disse que os militares receberam relatos iniciais de pelo menos cinco pessoas feridas no ataque.
Comandantes norte-americanos disseram que grupos sunitas são essenciais para ajudar a diminuir o nível de violência no Iraque. Mas seus membros são alvos frequentes de insurgentes, que querem sabotar os ganhos conquistados no campo da segurança antes de 30 de junho, prazo para que os norte-americanos deixem as áreas urbanas do Iraque.
Em outro ponto, também na província de Diyala, a explosão de uma bomba atingiu um veículo civil na quinta-feira, numa rodovia que ligava as cidades de Khanaqin e Qara Tappah. A explosão provocou a morte de dois meninos, um de oito e outro de dez anos, e do pai deles, informou a polícia local.
Militares norte-americanos disseram nesta sexta-feira que 301 pessoas foram detidas e mais de doze esconderijos de armas foram descobertos na última operação conjunta entre militares norte-americanos e iraquianos em Diyala, chamada "Boas notíficias da benevolência II", que começou em 1º de maior.
Os iraquianos também realizaram hoje em Bagdá o funeral para o ex-técnico da seleção de futebol iraquiana, Emmanuel Baba Dawud, conhecido como Ammo Baba. Ele morreu quarta-feira em Dahuk, 430 quilômetros ao noroeste de Bagdá, segundo o Ministério dos Esportes.
As informações são da Associated Press.