Uma bomba explodiu neste domingo (20) em um subúrbio da capital da Síria, Damasco, enquanto importantes observadores da Organização das Nações Unidas (ONU) visitavam a região. A explosão destruiu a frente de um veículo que estava estacionado na área, mas não deixou vítimas. O chefe da força de paz da ONU, o major general Robert Mood, estava cerca de 150 metros distante do local, junto com jornalistas.

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Ainda não está claro qual era o alvo do ataque, mas o carro atingido estava estacionado perto de um posto de segurança. Um oficial que trabalha ali disse aos observadores da ONU que um homem armado tinha atacado dois ônibus militares na mesma região Douma, mais cedo hoje, ferindo mais de 30 agentes de segurança.

A equipe de observação da ONU, com mais de 200 membros, tem feito pouco para impedir os episódios de violência na Síria, e alguns deles na verdade viraram alvo de ataques. No começo deste mês, uma bomba que tinha como alvo um caminhão do Exército explodiu segundos após a passagem de um comboio no qual estava Mood, no sul do país.

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Em Damasco, grupos de oposição reportaram conflitos na madrugada de sábado para domingo entre forças do governo e desertores, no distrito de Kfar Souseh. A zona é uma área de alta segurança, onde está o Ministério de Relações Exteriores e várias agências de segurança e inteligência do governo de Bashar al-Assad.

Em um comunicado na internet, rebeldes sírios afirmam que realizaram um sofisticado ataque que teria matado altos políticos e oficiais da área de segurança na capital. Segundo o comunicado, entre os mortos estaria o major general Assef Shawkat, vice-chefe da equipe de assuntos de segurança; o ministro da Defesa, Dwaoud Rajha; o ministro do Interior, Mohammad al-Shaar, e o ex-ministro da Defesa Hassan Turkmani.

Mas al-Shaar negou o ataque em uma coletiva de imprensa. E Turkmani foi entrevistado pela emissora estatal Syrian TV em seu escritório, dizendo que o comunicado era uma "mentira descarada". As autoridades sírias raramente respondem às notícias veiculadas pela oposição.

Desde o começo do levante contra Assad, mas de 9 mil pessoas já morreram na Síria, segundo a ONU. Um cessar-fogo, que deveria ter entrado em vigor no mês passado, na verdade nunca fui cumprido, minando o plano do enviado especial ao país, Kofi Annan, que tenta negociar um fim para a crise, que já dura 15 meses.

Também hoje, um clérigo contrário ao regime sírio e seu guarda-costas foram assassinados no vizinho Líbano, que começa a ser contagiado pelo conflito na Síria, reascendendo disputas sectárias. As circunstâncias da morte do xeque Ahmed Abdul-Wahid ainda não foram esclarecidas, mas segundo a agência de notícias National, ele e o guarda-costas parecem ter sido mortos por soldados após seu comboio não parar em um ponto de checagem do Exército.

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As mortes podem gerar ainda mais tensão na região entre grupos pró e contra Assad, e existem receios de conflitos, já que os seguidores do clérigo bloquearam estradas colocando fogo em pneus. O Exército libanês divulgou um comunicado afirmando que lamenta profundamente o incidente e que uma comissão vai investigar o que ocorreu. As informações são da Associated Press.