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Catorze fuzileiros navais americanos morreram nesta quarta-feira, quando uma bomba explodiu numa estrada, durante a passagem de um comboio militar, numa região próxima da fronteira com a Síria.

É um dos mais letais ataques da insurgência iraquiana contra as forças dos EUA em toda a guerra e ocorre um dia depois de o comando militar americano no Iraque confirmara a morte de outros sete fuzileiros na mesma região - seis em combates e o sétimo, vítima de um carro-bomba.

Também na terça-feira, um jornalista americano foi encontrado morto a tiros em Basra. Quatro dias antes, ele publicara no jornal "The New York Times" uma reportagem sobre a disseminação do fundamentalismo xiita na cidade, no Sul do Iraque e a segunda maior do país. Testemunhas disseram que Steven Vincent e seu tradutor haviam sido seqüestrados horas antes, ao deixar um hotel. Foi a primeira vez que um jornalista ocidental foi alvo de um assassinato planejado desde o início da guerra.

CORAÇÃO DA INSUGÊNCIA - O comboio militar atacado nesta quarta-feira estava ao sul de Haditha, uma cidade na margem do Rio Eufrates, 200 quilômetros a noroeste de Bagdá, na província de Al-Anbar, transformada em coração da insurgência.

Um tradutor iraquiano que acompanhava os militares também morreu. Um soldado está gravemente ferido.

Num comunicado, o comando das forças americanas no Iraque confirmou as mortes e disse que o grupo atacado participava de uma ação de combate. Eles integravam o Segundo Batalhão de Combate da Segunda Divisão do Corpo de Fuzileiros Navais.

A região próxima à cidade tem sido cenário das maiores operações bélicas das forças americanas no país, destinadas a isolar a localidade, de maioria sunita, para evitar a infiltração de rebeldes.

Em dezembro de 2004, 22 pessoas morreram, entre elas 14 militares americanos, quando um homem-bomba detonou os explosivos que levava dentro de um refeitório de uma base americana em Mosul, no Norte do Iraque. Foi o ataque mais letal numa instalação americana em toda a guerra.

Os Estados Unidos perderam pelo menos 1.820 soldados no Iraque desde o início da guerra. Em julho, 60 morreram, muitos na província de Al-Anbar.

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