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Iraque

Bomba mata 20 em cidade xiita do Iraque

Uma bomba em uma carreta rebocada por uma moto matou pelo menos 20 pessoas na quarta-feira na cidade sagrada de Kerbala, onde centenas de milhares de xiitas participam de um ritual religioso, segundo a polícia.

Foi o terceiro atentado nesta semana contra os xiitas que realizam a árdua peregrinação até esta cidade 80 quilômetros ao sul de Bagdá. Fontes policiais e hospitalares disseram que até 110 pessoas ficaram feridas.

Insurgentes sunitas, inclusive da Al Qaeda, costumam realizar atentados suicidas ou com granadas e tiros contra aglomerações xiitas, na esperança de retomar o conflito sectário que quase estilhaçou o Iraque em 2006 e 2007.

Os ataques podem ter repercussões políticas no país, que realiza eleições parlamentares em 7 de março.

"Lamento ver que os políticos iraquianos não pouparam esforços para preparar a próxima eleição, enquanto ao mesmo tempo os corpos de inocentes são estraçalhados por bombas", disse o professor Abdul-Amir Hassan, 41 anos, que passou uma semana caminhando até Kerbala para o ritual do Arbain, que marca os 40 dias de luto pela morte de Hussein, neto de Maomé que morreu em uma batalha no século 7.

"Os recentes ataques terroristas contra peregrinos em todo o país provam a confusão e a incapacidade das forças de segurança para lidar com uma situação delicada como a do Arbain", disse Hassan.

A polícia disse que três pessoas haviam morrido e 21 ficaram feridas na noite de terça-feira por causa da explosão de uma bomba colocada em um veículo militar, também em Kerbala. Na segunda-feira, uma mulher-bomba matou mais de 40 peregrinos nos arredores de Bagdá.

O primeiro-ministro Nuri Al Maliki faz da melhoria da segurança um tema central da sua campanha eleitoral, e ordenou que as forças de segurança deem melhor proteção aos peregrinos que seguem para Kerbala.

Mas os atentados que vêm se repetindo desde agosto podem impedir Maliki de capitalizar politicamente a redução geral da violência nos últimos dois anos, talvez afetando suas chances de reeleição.Autoridades municipais dizem que há cerca de 30 mil soldados e policiais em Kerbala, inclusive 2.500 mulheres encarregadas de revistar peregrinas que usam os largos trajes tradicionais

Estima-se que 6 milhões de peregrinos - do Iraque, Kuweit, Omã, Arábia Saudita, Bahrein, Índia, Paquistão, EUA e outras nações - estejam em Kerbala.

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