| Foto: Ameer Alhalbi/AFP

Ao menos 27 civis, incluindo três crianças e um médico pediatra, morreram na noite desta quarta-feira (27) em um ataque aéreo do regime sírio contra um hospital apoiado pela ONG Médicos Sem Fronteiras e um edifício residencial próximo na parte leste da cidade de Aleppo (norte), controlada pelos rebeldes.

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Maior comboio humanitário desde o início da guerra chega à Síria

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Os serviços de Defesa Civil, também conhecidos como capacetes brancos, informaram à AFP que ocorreram “ataques aéreos do governo contra o hospital Quds e um edifício residencial próximo, situados no bairro de Al Sukari, na zona leste de Aleppo”, e o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) confirmou os ataques aéreos conduzidos por “aviões do governo”.

Mas um fonte militar síria afirmou que o governo não conduzia aviões de guerra nas áreas onde ocorreram os ataques aéreos.

O Ministério de Defesa russo não conseguiu ser encontrado. A Rússia, que vem promovendo ataques aéreos na Síria em apoio ao ditador Bashar al-Assad, já havia negado que civis eram alvos de seus ataques.

O balanço anterior era de 14 mortos, mas seis corpos foram encontrados sob os escombros. Cinco são membros de uma mesma família, incluindo duas crianças, e um era dentista do hospital.

O único pediatra que trabalhava nos bairros do leste de Aleppo está entre os mortos, segundo o correspondente da AFP, que foi ao local. A maioria dos pacientes desse hospital é idosa e sofre de doenças crônicas.

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O prédio ficou seriamente danificado.

Só em 2015, mais de 60 instalações apoiadas pela ONG Médicos Sem Fronteiras foram atingidas por 94 ataques na Síria, das quais 12 foram completamente destruídas, segundo relatório divulgado pela entidade em fevereiro.

Bombardeio

Nesta quarta, antes dos ataques ao hospital Al-Quds, 16 pessoas morreram em bombardeios que tinham como alvo tanto os bairros rebeldes como os controlados pelo governo, de acordo com socorristas e um jornal sírio.

Nos últimos dias, os bombardeios na província de Aleppo, em particular na cidade homônima, dividida desde 2012 em duas áreas controladas pelos rebeldes e pelo governo, multiplicaram-se. Mais de 100 civis morreram desde sexta-feira (22).

Desde o início da guerra na Síria em 2011, mais de 270 mil pessoas morreram e mais da metade da população do país deixou suas casas.

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