Oito militantes paquistaneses morreram num bombardeio norte-americano nesta sexta-feira (20) no noroeste do Paquistão, depois de três policiais serem mortos por uma bomba, segundo autoridades. Os Estados Unidos já realizaram 45 ataques com seus aviões-robô neste ano no noroeste paquistanês, enquanto suas forças no vizinho Afeganistão enfrentam uma intensificação da insurgência do Taliban.
O novo ataque, o segundo desta semana, atingiu uma fortificação e um veículo perto da localidade de Mir Ali, na região do Waziristão do Norte --fronteira com o Afeganistão que é um reduto dos militantes do Taliban e da Al Qaeda. "Oito pessoas foram mortas," disse uma fonte regional de inteligência. "Todas elas eram militantes," acrescentou posteriormente. A identidade dos mortos não foi revelada.
O Paquistão oficialmente se opõe aos ataques dos aviões teleguiados dos EUA, alegando que eles violam sua soberania. Autoridades norte-americanas dizem que os ataques são realizados sob um acordo pelo qual Islamabad os tolera, mas se permite criticá-los em público.
No ano passado, houve 32 bombardeios desse tipo, segundo contabilidade da Reuters a partir de relatos de agentes de segurança, fontes do governo e moradores. Desde o mês passado, o Exército paquistanês tem enfrentando os militantes no vizinho Waziristão do Sul. Os militantes reagiram intensificando ataques contra cidades e aldeias.
No mais recente deles, no início da madrugada (hora local), uma bomba deixada numa calçada destruiu um veículo, matando três policiais e ferindo seis. Horas antes, um homem-bomba matou 18 pessoas em frente a um tribunal.
"Isso é literalmente uma guerra em curso," disse o ministro-chefe da província, Amir Haider Khan Hoti, depois do funeral dos policiais. "Mas não seremos pressionados (...), vamos confrontar esta situação."