Um bombardeio do governo do Iêmen, contra um suposto esconderijo da rede terrorista Al-Qaeda numa província remota do país, matou acidentalmente um conselheiro provincial e seus dois guarda-costas, disse nesta terça-feira (25) um funcionário iemenita da província de Marib.
O ataque aéreo provocou violência entre homens das tribos que protestaram contra o bombardeio e a polícia, e outras três pessoas foram mortas mais tarde, informou o funcionário.
Enquanto isso, homens das tribos iemenitas libertaram dois turistas norte-americanos - um homem e uma mulher - um dia após eles terem sido sequestrados enquanto viajavam ao noroeste da capital. O casal e seu motorista iemenita foram sequestrados por membros da tribo Sharda, os quais pediam a libertação de um integrante da tribo que está preso.
A Embaixada dos Estados Unidos disse que forças de segurança do Iêmen cercaram os sequestradores e negociaram a libertação dos reféns. "Os reféns foram libertados e levados para a capital do país e está tudo bem", diz o comunicado da embaixada.
O bombardeio e o episódio de violência ocorreram no momento em que o governo do Iêmen lança uma campanha contra a Al-Qaeda, que fortaleceu sua presença na empobrecida nação do sul da Península Arábica.
O funcionário iemenita disse que o bombardeio aconteceu ontem à noite na região de Wadi Obeida, na província de Marib, 173 quilômetros ao sul da capital Sanaa. O secretário-geral do conselho de Marib, o xeque Jabir al-Shabwani, e dois dos seus guarda-costas foram mortos no bombardeio. Todos estavam no mesmo automóvel. Com o nascer do dia, homens furiosos com as mortes atacaram prédios do governo, explodiram um oleoduto e ameaçaram explodir a refinaria de Marib, disse o funcionário. Não há informações sobre as outras três vítimas.