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Sri Lanka

Bombardeio no Sri Lanka deixa 52 civis mortos

Confrontos entre os rebeldes do Exército de Libertação dos Tigres do Tamil Eelan (LTTE) e forças do Sri Lanka mataram pelo menos 52 civis na terça-feira, segundo as Nações Unidas. Além disso, a entidade aponta que houve ataques com bombas de cacho nesta quarta-feira, nas proximidades de um hospital atacado também por artilharias.

A Cruz Vermelha retirou os pacientes e funcionários do hospital Puthukkudiyiruppu nesta quarta-feira, na prática fechando o último centro médico ainda em funcionamento na zona de guerra.

Os confrontos ocorrem no dia em que o país marca seu 61º aniversário de independência, com uma grande parada militar. O presidente Mahinda Rajapaksa afirma que os militares estão perto de derrotar os rebeldes e encerrar a guerra civil no país.

A violência se concentra em um trecho de terra costeira de aproximadamente 85 quilômetros quadrados, no norte e leste do país. Ali estima-se que 250 mil civis tâmeis vivam sem conseguir fugir da área, junto com os últimos combatentes do LTTE.

Aparentemente o grupo está à beira da derrota, após 25 anos de luta por um território independente para a minoria tâmil. Essa disputa já matou mais de 70 mil pessoas no período.

O porta-voz da ONU Gordon Weiss afirmou que 52 civis morreram e 80 ficaram feridos nos confrontos de terça-feira, dentro e fora da zona de segurança designada pelo governo. Em nota conjunta, os governos de Estados Unidos e Grã-Bretanha pediram que os dois lados concordem com um cessar-fogo temporário, a fim de permitir a saída dos civis e dos feridos e que agências humanitárias tenham acesso à zona de conflito. O Sri Lanka barrou quase todos os grupos humanitários da área no ano passado.

O médico Thurairajah Varatharajah, principal autoridade de saúde na zona de guerra, estimou na semana passada que mais de 300 civis morreram em confrontos recentes, algo que o governo nega.

Bombas

As bombas de cacho são um armamento controverso, pois são capazes de causar estragos em uma grande área. Além disso, muitas das bombas não explodem imediatamente e se tornam minas, muitas vezes mutilando e matando crianças anos depois do conflito.

Nos últimos meses, as tropas do Sri Lanka expulsaram os rebeldes de grandes áreas no norte e leste do país. Os rebeldes reclamam que a minoria tâmil sofre durante anos com a marginalização nas mãos da maioria cingalesa. As informações são da Associated Press.

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