Nagasaki (AFP) Três dias depois de Hiroshima, Nagasaki lembrou ontem o 60.º aniversário do bombardeio atômico de 9 de agosto de 1945, prometendo ser o último local do mundo submetido ao horror das armas nucleares.
O pitoresco porto do sul do Japão paralisou todas as atividades por um minuto, ao som das campainhas e das sirenas, às 11h02 (23h02 de Brasília), hora em que a segunda bomba atômica da história foi lançada contra a cidade, matando 74 mil pessoas.
Em discurso diante de 6 mil pessoas reunidas no Parque da Paz, o prefeito de Nagasaki, Iccho Ito, pediu ao povo norte-americano que denuncie a política nuclear do governo de George W. Bush e se comprometa em favor do desarmamento.
Ele disse entender a "raiva" e a "angústia" dos EUA diante dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, mas questionou o desenvolvimento de armas nucleares por Washingtong. "Acreditamos que a grande maioria da população americana deseja de todo o coração a eliminação das armas nucleares", disse Ito.
O primeiro-ministro do Japão, Junichiro Koizumi, reafirmou sua promessa de liderar a comunidade internacional na luta por mecanismos globais de desarmamento nuclear e não-proliferação. Em dezembro de 1967, o Japão se comprometeu a não fabricar, possuir ou permitir a entrada de armas nucleares em seu território.
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