Pelo menos 26 soldados morreram nas últimas horas no noroeste do Iêmen devido aos bombardeios aéreos da coalizão árabe, liderada pela Arábia Saudita, contra o movimento xiita dos houthis, informaram fontes militares.
Os ataques da noite de sábado (28) tiveram como alvo quartéis do exército iemenita - do setor leal aos houthis - nas províncias de Hesha e Saada, localizadas no nordeste do país e que fazem fronteira com a Arábia Saudita. Um dos bombardeios atingiu uma base na zona de fronteira de Herd, onde pelo menos dez soldados perderam a vida.
Na manhã deste domingo, cinco militares morreram no ataque de um avião de combate da coalizão contra um comboio que saqueava armas de um quartel militar em Saada, que já tinha sido roubado no sábado. As fontes explicaram que vários arsenais dos houthis e dois quartéis do exército em Saada foram bombardeados esta manhã.
Testemunhas revelaram que entre as posições militares atacadas há uma brigada de infantaria localizada no norte da cidade de Saada, capital da província homônima.
Em Sana, as aeronaves atacaram bases da antiga Guarda Republicana, que era leal ao ex-presidente iemenita Ali Abdullah Saleh nas regiões de Al Samaa e Arhab, ao norte da capital iemenita.
A base aérea de Al Dalaimi, a principal do norte do Iêmen e próxima ao aeroporto internacional de Sana, voltou a ser alvo dos ataques.
Uma fonte médica militar disse à Efe que 11 militares morreram e 14 ficaram feridos nos bombardeios aéreos da noite de sábado nessas posições militares de Sana e em seus arredores.
A cidade litorânea de Al Hodeida também foi alvo de ataques durante a noite passada. O canal de televisão “Al Masira”, órgão de informação houthi, informou neste domingo que um desses bombardeios atingiu uma região residencial no centro da cidade e deixou mortos e feridos entre os civis, sem divulgar números.
A Arábia Saudita, que lidera uma coalizão composta, entre outros, por Kuwait, Catar, Emirados Árabes Unidos, Egito e Jordânia, iniciou na madrugada de quinta-feira uma ofensiva com o objetivo de conter o avanço das milícias xiitas, que ameaçavam o presidente iemenita, Abdo Rabbo Mansour Hadi, na cidade meridional de Áden.