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África

Bombardeios da França matam 60 radicais islâmicos

Pelo menos 60 militantes islâmicos morreram ontem no primeiro dia de bombardeios das Forças Armadas da França no norte do Mali, na África. Os ataques aéreos continuam hoje, apesar das ameaças dos extremistas de fazer um atentado no país europeu.

As ações francesas no Mali começaram na sexta-feira, após o presidente François Hollande aceitar o pedido de ajuda feito pelo governo da ex-colônia francesa na quinta. O país está em guerra civil contra militantes islâmicos vinculados à Al Qaeda desde meados do ano passado.Os primeiros bombardeios foram feitos contra a cidade de Gao e atingiram acampamentos paramilitares de entidades como a Ansar al Din e o Movimento para a Unidade e a Guerra Santa na África do Oeste.

Segundo moradores da região, os radicais foram surpreendidos pela ação francesa em meio a uma reunião. Depois do ataque, os islâmicos foram em busca dos corpos dos companheiros mortos no bombardeio. As testemunhas dizem que o número de mortos pode aumentar.

Hoje, as forças do país europeu continuam os ataques, desta vez na periferia de Diabaly, também no norte do Mali. Segundo integrantes das forças de segurança, as ações se concentram em acampamentos a 40 km do centro da cidade.

Os franceses ainda recebem o apoio logístico de dois aviões de transporte militar do Reino Unido, que começam a levar suprimentos aos soldados franceses hoje. Já os Estados Unidos colaboram com transportes.

Ameaça

Enquanto acontecem os bombardeios, o Movimento para a Unidade e a Guerra Santa na África do Oeste, uma das organizações que querem controlar o Mali, emitiu um comunicado hoje dizendo que a França "atacou o islã".

O porta-voz da organização, Abou Dardar, disse que atacaria "o coração da França", sem mencionar que lugar seria cenário de uma ação dos extremistas.

Na sexta, a França se declarou em guerra contra os radicais islâmicos, que considera grupos terroristas, e impediu o avanço dos grupos para a região central do Mali, onde fica a capital Bamaco. A ação acontece após o Exército oficial do país ser expulso pelos extremistas na semana passada.

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