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A aviação militar do Iêmen bombardeou nesta segunda-feira uma província sulista supostamente dominada por insurgentes da rede extremista Al-Qaeda, matando pelo menos sete civis e uma dúzia de militantes, disseram funcionários iemenitas e uma fonte que está no local.

Um oficial das Forças Armadas do Iêmen disse que pelo menos 12 militantes foram mortos nos bombardeios na província de Abyan, leste iemenita. Já outro oficial disse que dezenas de militantes foram mortos no norte da província, mas não foi possível confirmar essa informação com fontes independentes ou com moradores.

Combatentes suspeitos de possuírem ligações com a rede extremista Al-Qaeda na Península Arábica tomaram vários povoados e algumas cidades da província de Abyan em abril, tirando vantagem dos tumultos populares que pedem a renúncia do presidente Ali Abdullah Saleh. Os insurgentes chegaram a tomar parcialmente a cidade de Jaar, uma das maiores da província.

Em junho, Saleh foi ferido por um atentado a bomba no palácio presidencial e partiu para a Arábia Saudita, onde recebeu tratamento médico. Ele ainda está na Arábia, mas insiste que voltará em breve ao Iêmen, desafiando pressões internacionais para que renuncie. Já no Iêmen, a situação continua caótica, com a crescente crise política e o vácuo de poder levando a choques entre extremistas e soldados, e também entre beduínos da oposição e tropas do governo. Os países ocidentais dizem que o ramo iemenita da Al-Qaeda é um dos mais violentos e perigosos.

Um morador em Jaar disse que o hospital local foi tomado pelos extremistas, que começaram a tratar combatentes feridos e impediram que civis atingidos nos bombardeios e combates fossem atendidos pelos médicos. O hospital já foi bombardeado várias vezes e destruído. "O terceiro bombardeio destruiu completamente o hospital", disse o morador Walid Mohammed.

Mohammed disse que um bombardeio atingiu uma mesquita, demolindo um muro do prédio e matando sete civis que estavam no local. Aparentemente, o ataque ocorreu por engano. Mohammed Nasser, um funcionário do governo, disse que dezenas de pessoas foram mortas pelos bombardeios em Jaar, mas não forneceu números exatos e também não detalhou quantos eram civis e quantos combatentes.

Em outro ataque aéreo nesta segunda-feira, caças e helicópteros do Iêmen bombardearam supostos esconderijos de extremistas em Abyan, entre a cidade costeira de Shaqra e a região vizinha de Al-Arqoub. Um oficial da Defesa disse que pelo menos 12 supostos militantes foram mortos.

As informações são da Associated Press.

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