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Violência

Bombas e tiroteios matam pelo menos 47 pessoas no Iraque

Carros-bomba, bombas na beira de estradas e tiroteios mataram pelo menos 47 pessoas no Iraque neste domingo, disseram a polícia e fontes médicas, num momento em que se intensificam as tensões entre muçulmanos sunitas e xiitas em todo o Oriente Médio.

Sunitas insurgentes e o grupo Estado Islâmico do Iraque, afiliado à rede al Qaeda, aumentaram significativamente seus ataques este ano. Mais de mil iraquianos foram mortos em julho, o maior número mensal de mortes desde 2008, de acordo com as Nações Unidas.

Mais de dois anos de guerra civil na vizinha Síria agravaram as divisões sectárias profundas e abalaram a frágil coalizão entre xiitas, curdos e sunitas no Iraque.

A retomada da violência, 18 meses após os últimos militares dos EUA se retirarem do Iraque, provocou temores de um retorno à carnificina sectária registrada em 2006 e 2007.

O maior dos ataques deste domingo ocorreu no centro de Baquba, 65 quilômetros a nordeste de Bagdá, quando um carro-bomba explodiu perto de um complexo habitacional, matando pelo menos 11 pessoas e ferindo 34, informou a polícia.

Ataques anteriores incluíram a morte de cinco soldados em na cidade de Qiyara, cerca de 290 quilômetros ao norte da capital iraquiana, quando supostos militantes emboscaram dois táxis levando soldados de Bagdá, disseram fontes militares.

"Um dos carros escapou da emboscada, mas o segundo não conseguiu e os militantes mataram cinco soldados e queimaram seus corpos", disse um oficial sênior da inteligência militar, que não quis ser identificado.

A polícia disse que sete pessoas também morreram e outras 30 ficaram feridas em duas explosões separadas em Madaen, cerca de 30 km a sudeste de Bagdá.

Outras duas explosões ocorreram em áreas comerciais na região oeste e norte de Bagdá, matando 12 pessoas e ferindo 45, informaram fontes policiais e médicas. Uma bomba presa a um carro matou três pessoas e feriu outras quatro no leste de Bagdá.

Nenhum grupo reivindicou imediatamente a responsabilidade pelos ataques deste domingo, mas militantes sunitas têm intensificado nos últimos meses o movimento de insurgência contra o governo liderado pelos xiitas, estimulados pela guerra civil na Síria.

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