Pelo menos 85 pessoas foram mortas nesta segunda-feira (16) em Kirkuk, norte do Iraque, pela explosão coordenada de um caminhão-bomba em um mercado lotado e de um carro-bomba estacionado em uma rua movimentada, segundo a polícia. De acordo com autoridades locais, outras 180 pessoas ficaram feridas no atentado. Desde o início da guerra, 9.673 cidadãos iraquianos já morreram.
Ao sul de Bagdá, milhares de soldados dos Estados Unidos ocuparam um suposto bastião da Al-Qaeda iraquiana, que estaria servindo de apoio para radicias que lutam na capital, de acordo com os militares. A polícia iraquiana disse que 136 pessoas ficaram feridas nas explosões de Kirkuk e alertou que o número de vítimas ainda pode subir.
O caminhão-bomba explodiu em um mercado perto de um diretório da União Patriótica do Curdistão, o partido do presidente do Iraque, Jalal Talabani. Um cinegrafista da Reuters presente no local disse que a explosão espalhou corpos pelo mercado, incendiou dezenas de carros e fez com que passageiros de um ônibus morressem queimados dentro do veículo.
O carro-bomba, segundo a polícia, explodiu em um bairro chamado Iskan, perto de lojas e de uma garagem de ônibus, informou a polícia, acrescentando que o intervalo entre as duas explosões foi de alguns minutos.
Mortos na guerra O número de vítimas fatais só aumenta no Iraque. Este ano, ao menos 1.595 pessoas morreram: en fevereiro 1.308, em março 1.546, em abril 1.435, em maio 1.564, em junho 1.240 e em julho, 1.018. A falta de números oficiais também pode modificar para mais ou para menos o número de mortos.
Forças dos EUA e iraquianas lançaram uma série de grandes operações desde a chegada, no mês passado, dos últimos 28 mil soldados adicionais que o presidente americano, George W. Bush, decidiu enviar ao Iraque. O objetivo é conter a violência entre a maioria xiita e a minoria sunita, que deixa o país à beira de uma guerra civil, e também dar tempo para que o primeiro-ministro xiita, Nuri Al Maliki, promulgue leis que estabeleçam a divisão de poderes e riquezas no país.
Muitos americanos querem que os soldados voltem logo para casa, e influentes políticos do Partido Republicano, de Bush, se rebelaram contra o governo e agora pedem uma outra estratégia na guerra. Mas Bush diz que não mudará a rota antes de receber, em setembro, um relatório do comandante militar dos EUA no Iraque, general David Petraeus, e do embaixador norte-americano em Bagdá, Ryan Crocker.
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