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Conflito

Bombas sírias obrigam Turquia a fechar colégios na fronteira

Exército turco patrulha área no município de Akçakale, perto da fronteira com a Síria | AFP Photo
Exército turco patrulha área no município de Akçakale, perto da fronteira com a Síria (Foto: AFP Photo)

Os contínuos combates entre o Exército sírio e grupos da oposição armada, a poucos quilômetros da fronteira turca, provocaram o fechamento nesta segunda-feira (8) dos colégios do município de Akçakale, na província turca de Sanliurfa, informou a agência de notícias Anadolu.

A queda de granadas de obuses lançadas do lado sírio criou um ambiente de guerra em Akçakale, cidade onde na quarta-feira (3) passada cinco pessoas morreram por causa do impacto de um projétil em sua casa.

Alguns alunos se queixaram que estão há semanas sem aulas devido à frequente queda de mísseis nos últimos dias, enquanto em meses passados houve rajadas de balas perdidas.

O gabinete de ministros da Turquia se reunirá hoje para debater que medidas tomar nas áreas fronteiriças, enquanto a imprensa local especula sobre a possibilidade de impor uma "zona colchão" no interior da Síria.

Segundo publica hoje o jornal Milliyet, o governo turco estuda a possibilidade de enviar caças F-16 para bombardear posições sírias, no caso de haver novas vítimas turcas.

O canal turco NTV divulgou hoje as declarações do deputado sírio Sharif Shehad, que acusa os grupos rebeldes de disparar em direção à Turquia para "provocar uma guerra entre os países".

"A Síria tomou medidas para prevenir a violência e o Exército tem ordem de manter-se a mais de dez quilômetros da fronteira", garantiu Shehad.

Porém, o ministro das Relações Exteriores turco, Ahmet Davutoglu, afirmou na sexta-feira passada que o projétil que matou cinco pessoas em Akçakale era um de 122 mm, disparado por um morteiro D30, arma "usada apenas pelo Exército da Síria", em suas palavras.

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