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américa do sul

Bombeiros tentam resgatar 50 crianças presas por incêndio na Argentina

Esquadrões de bombeiros continuam a tentar resgatar nesta segunda-feira (9) um grupo de 50 meninos que, junto de seus pais e professores, estão presos desde ontem por causa de um incêndio no vale de Calamuchita, na província argentina de Córdoba.

Bombeiros e policiais acompanham as crianças, que fazem parte de um grupo de artes marciais, enquanto esperam que as condições climáticas melhorem para poder retirá-los do local.

Os pequenos desportistas e seus acompanhantes tinham ido passear na região quando uma mudança no sentido do vento reavivou o fogo, que desde sexta-feira castiga a região, e os obrigou a permanecer na noite de domingo abrigados em um posto da montanha.

Inicialmente o delegado Ricardo Torres tinha dito a Agência Efe que na manhã de hoje os meninos tinham sido resgatados e transferidos a um albergue.

Marcelo Zornada, titular do Plano Provincial de Manejo do Fogo, desmentiu a declaração, e confirmou que o grupo ainda está preso, mas "bem, com assistência e alimentos".

"Uma equipe do exército foi até o local onde estão presos por via aérea e outra por terra", tranquilizou Fabián Vargas, coordenador de um esquadrão regional dos bombeiros, mas "como um das frentes está próxima, vai permanecer ali até que possa retirá-los".

"As condições meteorológicas não favorecem porque além do calor as rajadas de vento superam os 50 quilômetros por hora", explicou Gastón Parodi, presidente da comissão de bombeiros da cidade de Yacanto, que fica na área afetada. Em algumas regiões de Córdoba ultrapassam 38,1°C.

Até o momento, um homem é acusado de ser autor de "incêndio culposo agravado", enquanto outros quatro foram detidos e depois libertados por ter iniciado por conta própria um "contrafogo" com a intenção de neutralizar o incêndio.

Aparentemente, o acusado manejava máquinas em péssimo estado e uma faísca de trator, que vazava óleo, teria originado o fogo que ficou incontrolável desde sexta passada.

Segundo a imprensa local, 15 mil hectares de florestas e pastagens foram atingidos pelo incêndio, ainda não controlado pelos bombeiros, que qualificaram o acidente de o "pior que se lembra".

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