Os Estados Unidos não deveriam considerar o financiamento da ajuda humanitária a outros países como um ato de caridade, mas uma ferramenta decisiva para a segurança nacional, disse o cantor irlandês Bono Vox, do grupo U2, nesta terça-feira a legisladores americanos.
Ao falar a uma subcomissão do Senado encarregada de supervisionar e financiar as campanhas contra o extremismo violento, Bono explicou, em Washington, que havia se reunido recentemente com refugiados na África e Oriente Médio.
“O fato é que a ajuda já não pode ser considerada caridade, uma boa coisa que se faz quando se tem os recursos financeiros”, declarou Bono, fundador da campanha contra a pobreza One.
“Se há uma coisa que eu gostaria que guardassem deste depoimento é que a ajuda em 2016 não é caridade. É segurança nacional”, assegurou.
“E quando está estruturada corretamente e se concentra na luta contra a corrupção e na melhoria da governança para aspirar a essa ajuda, pode chegar a ser nossa melhor muralha contra a crescente atração do extremismo violento”, completou o cantor.
Bono – que viajou ao Quênia, Jordânia, Turquia e Egito com uma delegação do Congresso americano – advertiu que crises de refugiados, como a desencadeada pelos confrontos na Síria, costumam durar cerca de 25 anos.
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