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Chile

Boric diz que promoverá novo processo constituinte se o atual for rejeitado

O presidente chileno, Gabriel Boric, durante a cerimônia de entrega do texto da proposta de nova Constituição, na semana passada (Foto: EFE/Alberto Valdés)

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O presidente do Chile, o esquerdista Gabriel Boric, afirmou nesta sexta-feira (15) que, caso a proposta de uma nova Constituição seja rejeitada no plebiscito de 4 de setembro, um novo processo constituinte deverá ser convocado.

“Se a alternativa da 'Rejeição' (à nova Constituição) vencer, o que vai acontecer é que teremos que prolongar esse processo por mais um ano e meio (...). Tem que haver um novo processo constituinte”, destacou Boric em entrevista à emissora de televisão local Chilevisión. “Tudo terá que ser discutido novamente, do zero”, enfatizou.

No último dia 4 de julho, o Chile terminou de redigir uma nova Lei Fundamental e tem menos de dois meses para decidir em plebiscito obrigatório se adota o novo texto ou mantém o atual, elaborado durante a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990) e parcialmente reformado na democracia.

Segundo lembrou Boric, quase 80% dos cidadãos “votaram claramente que querem uma nova Constituição” no referendo de outubro de 2020, optando por “uma nova Constituição escrita por um órgão especialmente eleito para esse fim”.

Por essa razão, acrescentou o presidente chileno, o caminho a seguir seria convocar novas eleições constituintes, como as realizadas em maio de 2021. Naquela ocasião, o Chile elegeu um órgão de tendência progressista.

Em 2019, quando ainda era deputado, Boric foi um dos promotores do grande pacto político que permitiu a abertura do processo constituinte e defendeu fervorosamente a mudança, embora como presidente - cargo no qual não pode defender qualquer opção no plebiscito - tenha assegurado que “é legítimo apoiar qualquer uma das duas”. Entretanto, a oposição o acusa de influenciar o processo para que a aprovação do novo texto saia vencedora.

Durante meses, as pesquisas deram como vencedora a opção de aprovar a nova Constituição, mas agora as sondagens indicam uma maior preferência dos cidadãos pela manutenção da Carta Magna atual.

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