O empresário russo Boris Berezovsky negou nesta quarta-feira (12) estar por trás da "oração punk" do grupo musical Pussy Riot contra Vladimir Putin, depois de ter sido acusado por um homem que alegou ser ex-assessor do bilionário opositor russo.
Em um programa do canal público Rossia 1, um homem que se apresentou como Alexei Veshniak e ex-assessor de Berezovsky, afirmou que o bilionário havia lhe mostrado em 2011 imagens de uma das músicas do Pussy Riot, alegando que "passariam à ação em breve".
"Quem está por trás dessas mulheres acusadas de sacrilégio? Para mim, uma dessas pessoas é Boris Berezovsky", acrescentou Veshniak.
"Não tenho nenhuma ligação com as Pussy Riot e não falei sobre qualquer projeto" com elas, respondeu Berezovsky à rádio Eco de Moscou.
No entanto, afirmou que ficaria "orgulhoso, se tivesse imaginado a muito criativa" ação do grupo.
Três jovens integrantes do Pussy Riot foram condenadas em agosto a dois anos de prisão por "vandalismo e incitamento ao ódio religioso" depois de cantarem em fevereiro uma "oração punk" na Catedral Cristo Salvador em Moscou, na qual pediam à Virgem Maria que derrubasse Vladimir Putin do poder.
O caso das Pussy Riot teve uma repercussão internacional. Sua sentença foi criticada no exterior como "desproporcional".
Próximo ao ex-presidente Boris Yeltsin, Berezovsky fez fortuna durante as polêmicas privatizações da década de 1990. Posteriormente, caiu em desgraça e foi condenado várias vezes pela justiça russa.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
A gestão pública, um pouco menos engessada