No discurso de renúncia, o ex-primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse ter orgulho do trabalho que exerceu no executivo do Reino Unido, citando a campanha contra a Covid-19, o plano de vacinação, o acordo pós-Brexit e a contribuição com a Ucrânia. Johnson lamentou ter que deixar "o melhor trabalho do mundo" e que "ninguém é insubstituível".
O ex-premiê concordou em renunciar nesta quinta-feira (07), após 50 funcionários deixarem o governo nos últimos dias, três deles nas últimas 24 horas. Um de seus aliados mais próximos, o chefe do Tesouro, Nadhim Zahawi, pediu ao primeiro-ministro que renunciasse "pelo bem do país".
“Primeiro-ministro: isso não é sustentável e só vai piorar: para você, para o Partido Conservador e o mais importante: para todo o país”, disse Zahawi em carta a Johnson.
Boris Johnson, de 58 anos, permaneceu no poder por quase três anos, apesar das críticas que o rodeavam. Mas revelações recentes de que Johnson sabia das alegações de assédio sexual contra o legislador Chris Pincher, antes de promovê-lo, foram a gota d'água.
O partido de Johnson ainda não informou se ele permanecerá no Executivo britânico até que outro nome assuma como primeiro-ministro, mas o ex-premiê anunciou que pretende permanecer até outubro.
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