Ex-premiê disse que comitê que investiga se ele mentiu sobre o Partygate estava determinado a usar o processo para “expulsá-lo” do Parlamento| Foto: EFE/EPA/NEIL HALL
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O ex-primeiro ministro britânico Boris Johnson, que já havia renunciado no ano passado ao posto de premiê, anunciou nesta sexta-feira (9) que também deixará o cargo de parlamentar.

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Em um comunicado, Johnson disse que tomou a decisão após receber uma carta de um comitê da Câmara dos Comuns que investiga se ele mentiu para o Parlamento britânico sobre o chamado Partygate – o escândalo no qual membros do governo do Reino Unido participaram de festas enquanto o restante da população era submetido aos lockdowns da pandemia de Covid-19.

O agora ex-parlamentar disse que a carta deixou “claro, para minha surpresa, que eles estão determinados a usar o processo contra mim para me expulsar do Parlamento”.

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Johnson alegou que o relatório do Partygate do comitê, que ainda está para ser divulgado, “está repleto de imprecisões e cheira a preconceito, mas sob o processo absurdo e injusto deles, não tenho capacidade formal de contestar nada do que eles dizem”.

Com a saída do parlamentar, o distrito de Uxbridge e South Ruislip terá uma eleição suplementar imediata para escolher um novo representante.

Johnson, que havia renunciado ao cargo de premiê em 2022 devido à pressão que sofreu com o Partygate, prestou depoimento em março deste ano perante o Comitê de Privilégios da Câmara dos Comuns.

Na ocasião, ele argumentou que não mentiu ao Parlamento, quando ainda era premiê, ao dizer que tinha sido seguido as medidas anti-Covid em vigor. “Estou aqui para dizer com franqueza que não menti (...). Quando essas declarações foram feitas, elas foram feitas de boa fé e com base no que eu sabia e acreditava honestamente na época”, afirmou.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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