A empresa BP, que no fim de semana tapou definitivamente o seu poço danificado no golfo do México, anunciou na segunda-feira sua adesão a uma iniciativa setorial de 1 bilhão de dólares destinada a conter futuros vazamentos submarinos.
Como parte desse acordo, a BP irá disponibilizar seus equipamentos de contenção a todas as empresas de gás e petróleo que operam no golfo do México. A tarefa ficará a cargo da Companhia de Contenção de Poços Marinhos (MWCC, na sigla em inglês), sob comando da Exxon Mobil.
A Chevron, a ConocoPhillips, a Exxon e a Royal Dutch Shell anunciaram em julho o desenvolvimento de um novo sistema de contenção rápida de vazamentos no golfo do México, a fim de evitar a repetição de um acidente como o do poço Macondo, da BP.
O poço explodiu em 20 de abril, matando 11 trabalhadores e dando início ao pior vazamento submarino de petróleo da história, num volume superior a 635 milhões de litros.
"Acreditamos que a adição da nossa recém obtida experiência de intervenção em águas profundas e dos equipamentos especializados será importante para o sistema de contenção de poços marinhos", disse em nota o vice-presidente de operações da BP no golfo do México, Richard Morrison.
O equipamento da empresa poderá capturar e conter o óleo de um eventual vazamento enquanto o novo sistema está sendo desenvolvido, disse a empresa britânica.
Depois do acidente, a BP só conseguiu interromper o fluxo do óleo em 15 de julho, para então cimentar definitivamente o poço.
O novo sistema deverá ter capacidade para ser acionado em 24 horas após um eventual acidente. Ele será compatível com vários equipamentos e condições climáticas, e terá potencial para ser ampliado. Com esse sistema, navios na superfície recolherão o óleo que vazar.
Os equipamentos já existentes da BP estão sendo avaliados quanto à sua capacidade de uso imediato. As empresas patrocinadoras vão utilizar técnicos da BP com experiência na operação do golfo do México.
O equipamento da BP será operado pela MWCC.
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