O início do teste crucial sobre o estado do poço da British Petroleum (BP) no Golfo do México foi adiado na noite de ontem, disse o almirante Thad Allen, ex-chefe da Guarda Costeira americana, que supervisiona os esforços americanos para conter o vazamento de óleo na região. Segundo o almirante, a decisão de adiar os testes foi tomada após reuniões com o secretário de Energia, Steven Chu, ganhador do Prêmio Nobel de Física, e outros altos especialistas. "Como resultado dessas discussões, nós decidimos que o processo pode se beneficiar de uma análise adicional", afirmou Allen em comunicado.
A BP está pronta para testar se a enorme tampa de 75 toneladas, colocada sobre o poço na noite de segunda-feira, pode interromper o vazamento, sem ameaçar a integridade estrutural do poço. A tampa, que contém três grandes válvulas, foi conectada à tubulação danificada a quase 1,61 quilômetro abaixo do fundo do mar, onde apenas robôs submarinos podem operar. Os engenheiros da BP planejam fechar gradualmente as válvulas e desligar o fluxo de petróleo em um processo que deverá durar entre seis e 48 horas.
Leituras de alta pressão significarão que não há outros vazamentos e que a tampa poderá efetivamente fechar o poço. Já uma baixa pressão indicará que o óleo está vazando para a parte externa do poço, ou seja, as válvulas teriam que ser reabertas para reduzir o risco de provocar um novo fluxo no fundo do mar e operações de contenção teriam de recomeçar.
O canal de televisão Sky News afirmou, citando uma fonte não identificada, que o presidente dos EUA, Barack Obama, que deixou claro sua fúria sobre o papel da BP no pior desastre ambiental da História do país, poderia perder até 6,7 bilhões de libras (US$ 10,2 bilhões) em impostos da companhia britânica, cuja receita tem sido afetada pelos crescentes custos relacionados ao vazamento. As informações são da Dow Jones.
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