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Equipamento de controle remoto é usado para tentar conter vazamento na plataforma Deepwater Horizon, no Golfo do México: mais de um mês de tentativas frustradas | BP/Reuters
Equipamento de controle remoto é usado para tentar conter vazamento na plataforma Deepwater Horizon, no Golfo do México: mais de um mês de tentativas frustradas| Foto: BP/Reuters

Cobrança - Empresa terá conta de US$ 69 milhões

Washington - A Casa Branca planeja enviar para a BP uma conta no valor de US$ 69 milhões para cobrir os custos de limpeza com o desastre de derramamento de petróleo na costa do Golfo, informou ontem o secretário de Imprensa da Casa Branca, Robert Gibbs. O dinheiro cobre as despesas relacionadas até o momento com as tentativas do governo de minimizar os resultados do derramamento de entre 12 mil e 19 mil barris de petróleo por dia na costa do Golfo, no pior desastre ambiental da história dos EUA.O executivo-chefe da BP, Tony Howard, respondeu a acusações de que a empresa não estava preparada para lidar com um acidente. "É uma crítica justa", disse ao jornal Financial Times.O presidente Barack Obama criticou ontem a empresa. "Não vi ainda o tipo de reação rápida que gostaria de ver", disse em entrevista ao jornalista Larry King.

Golfo do México - A petroleira BP conseguiu cortar ontem a tubulação da válvula do poço que opera e onde ocorre o vazamento no golfo do México. Após esse procedimento, a em­­presa se prepara agora para tentar selar a saída da válvula e bombear o óleo para um navio-tanque.

A companhia conseguiu cortar o cano pelo qual o óleo vaza, utilizando uma espécie de tesoura gigante e tentará agora colocar um funil para sugar o petróleo para as embarcações na su­­perfície, informou o almirante da Guarda Costeira americana, Thad Allen.

Para o caso de a operação com o navio tanque falhar, a BP está cavando dois "furos de alívio" – poços secundários no leito marinho para tentar selar o poço va­­zante. A Casa Branca informou que também irá pedir a perfuração de um terceiro poço.

O almirante revelou também que a BP jogou ao mar cerca de 4 milhões de litros de dispersante para combater a mancha de óleo. Especialistas afirmam que o produto químico pode provocar muitos problemas uma vez dissolvido no fundo do mar, afetando a vida marinha. Allen descartou, até o momento, a possibilidade de deter o vazamento com uma explosão nuclear. "Isso não foi seriamente considerado", afirmou. "Antes de considerar essa opção, há muitas outras a serem tentadas", completou. A técnica, utilizada pela ex-URSS, envolve provocar uma pequena explosão nuclear capaz de derreter a rocha em volta do poço e deter o fluxo de petróleo.

Danos

Como resultado do vazamento, a pesca está proibida em um terço das águas do Golfo do México, de­­vido à mancha de óleo que se aproxima da Flórida.

A Casa Branca informou que o presidente Barack Obama fará sua terceira visita à região do Golfo do México hoje, para inspecionar as tarefas que pretendem colocar fim ao gigantesco desastre.

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