A British Petroleum defendeu nesta quarta-feira o seu acuado executivo-chefe e negou que ele esteja prestes a deixar a empresa, que deve apresentar nos próximos dias uma nova abordagem para tentar conter o pior vazamento de petróleo na história dos Estados Unidos.

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O executivo-chefe Tony Hayward, criticado por uma série de gafes e pela demora em tampar o vazamento no golfo do México, tem total apoio do conselho de direção da empresa e permanecerá no cargo, segundo um porta-voz da BP, desmentindo reportagem do jornal londrino The Times, segundo a qual Hayward teria mais dez semanas no cargo.

Em resposta ao acidente nos Estados Unidos, grandes empresas petrolíferas, como ExxonMobil e Royal Dutch Shell, disseram que vão gastar 1 bilhão de dólares para desenvolver um novo sistema de contenção de vazamentos no golfo do México.

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O projeto será criado para profundidades de até 3.000 metros, e terá uma capacidade inicial para conter 100 mil barris diários, ou 15,9 milhões de litros.

O desastre ambiental causado pela explosão de uma plataforma petrolífera em 20 de abril na costa da Louisiana causou graves prejuízos ambientais e econômicos na costa sul dos Estados Unidos, especialmente nos setores de pesca e turismo, além de abalar a popularidade do presidente Barack Obama e complicar as relações entre Washington e Londres.

Na semana passada, a BP instalou uma nova tampa no poço danificado e pela primeira vez conseguiu conter o vazamento. A empresa continua fazendo testes para averiguar se a estrutura resiste à pressão.

Cientistas ligados à gigante britânica estão preparando outra opção para "sufocar" o vazamento com lama e possivelmente cimento, algo semelhante à estratégia tentada sem sucesso em maio.

O almirante da reserva da Guarda Costeira Thad Allen, principal autoridade norte-americana envolvida no caso, ainda precisa aprovar o plano, que seria posto em vigor já no fim de semana -- desde que o mau tempo não provoque um adiamento.

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Há temores de que uma zona de turbulência no norte do Caribe avance para a região, o que iria paralisar também as atuais tarefas de recolhimento do petróleo que vaza e de escavação de um poço auxiliar destinado a seccionar e tampar o poço danificado em agosto.

Para que a nova estratégia, batizada de "morte estática", seja iniciada, é preciso instalar um último conjunto de tubulações no poço auxiliar.

Nesta quarta-feira, as ações da BP registraram alta, refletindo a venda de ativos da empresa nos EUA, Canadá e Egito à concorrente norte-americana Apache por 10 bilhões de dólares. O dinheiro será usado no pagamento de indenizações e no trabalho de limpeza no Golfo.