Abu Obeida, porta-voz das Brigadas Ezzedine Al-Qassam, braço armado do grupo militante islâmico Hamas, afirmou hoje que perdeu apenas 48 militantes durante os 22 dias de operação militar israelense na Faixa de Gaza.

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O grupo afirmou que permanecerá lutando até que as forças de Israel se retirem do enclave palestino. "Nós anunciamos ao nosso povo o martírio de 48 combatentes Qassam", disse Obeida, em uma entrevista coletiva na TV.

Israel afirmou que mais de 500 membros do Hamas morreram durante a operação militar iniciada em 27 de dezembro e encerrada ontem com um cessar-fogo. Médicos de Gaza afirmam que mais de 1.300 palestinos morreram por causa da violência. Obeida disse ainda que Israel perdeu "pelo menos 80 soldados". Os israelenses reconhecem dez soldados mortos.

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O Hamas iniciou ontem um cessar-fogo de uma semana, mas afirma que voltará a atacar a menos que Israel retire todas suas tropas de Gaza. "Nós demos ao inimigo sionista uma semana para se retirar da Faixa de Gaza", disse o porta-voz, assegurando que caso isso não aconteça haverá "resistência".

A capacidade do movimento islamita de lançar foguetes em Israel não diminuiu, segundo o porta-voz. Um dos principais objetivos dos israelenses era interromper o lançamento de foguetes. "Nosso arsenal de foguetes não foi afetado e nós continuamos a dispará-los durante a guerra sem interrupção", disse o funcionário. "Nós ainda somos capazes de lançá-los e, se Deus quiser, nossos foguetes atingirão outros alvos.

Obeida afirmou que durante a guerra o Hamas lançou em território israelense 345 foguetes Qassam, 213 foguetes Grad e 422 morteiros.