O mediador internacional da ONU e da Liga Árabe, Lakhdar Brahimi, chega neste sábado (29) à Rússia para impulsionar o processo de transição política no país árabe em virtude dos acordos de Genebra, pactuados pelas grandes potências, incluindo os EUA e a Rússia.
Segundo as agências locais, Brahimi se reunirá com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, a quem explicará os resultados de sua visita de cinco dias a Damasco, onde se reuniu com o presidente sírio, Bashar al Assad, e a oposição.
A proposta que o mediador colocou a Damasco e à oposição síria é a pronta criação de um Executivo de transição com representantes de ambas as partes em conflito, o principal ponto estipulado no último dia 30 de junho em Genebra.
O mediador considera que esse acordo "reúne todos os elementos necessários para pôr fim ao conflito na Síria nos próximos meses", embora ainda necessite de "algumas mudanças".
Entre essas remodelações, figuraria a que o governo de transição inclua ministros que não pertençam à confissão alauí, a que professa o presidente, e nem aos sunitas radicais.
Além disso, as mudanças também estipulam que Assad continue no poder até a segunda metade de 2013, mas sem que tenha direito a se apresentar às próximas eleições presidenciais, previstas para 2014.
Nesta semana, Lavrov assegurou que ainda há como solucionar o conflito na Síria através dos acordos de Genebra, mas que esse tempo anda se esgotando. Ao mesmo tempo, o chefe da diplomacia russa pediu ao regime sírio concretizar sua declarada disposição ao diálogo com a oposição.
Em relação ao futuro de Assad, do que o Kremlin parece ter se distanciado nas últimas semanas, a Rússia mantém que os acordos de Genebra não estipulam sua renúncia como condição para o diálogo, insistindo em que o povo sírio é quem deve ter a última palavra.
"Com todo o respeito à comunidade internacional, o povo sírio é quem deve decidir. Esta é uma postura de princípio", afirmou Lavrov.
Lavrov e Brahimi também falarão sobre uma possível reunião conjunta com os EUA em janeiro, quando poderia traçar um plano de transição mais específico à Síria.
Por outra parte, segundo se soube hoje, a Coalizão Nacional para as Forças da Revolução e a Oposição Síria, à qual Moscou acusa de tentar derrubar o regime de Assad, rejeitou o convite da Rússia para dialogar essa questão.
Como a eleição de Trump afeta Lula, STF e parceria com a China
Polêmicas com Janja vão além do constrangimento e viram problema real para o governo
Cid Gomes vê “acúmulo de poder” no PT do Ceará e sinaliza racha com governador
Alexandre de Moraes cita a si mesmo 44 vezes em operação que mira Bolsonaro; assista ao Entrelinhas
Deixe sua opinião