O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse nesta quinta-feira (15) que acompanha "com cautela" as negociações para resolver a crise política em Honduras e defendeu a recondução do presidente deposto Manuel Zelaya ao poder.
"O Brasil foi o primeiro a dizer que uma eleição que não fosse conduzida dentro do sistema democrático não teria credibilidade. Sistema democrático significa restituir o presidente Zelaya ao poder. Se é com o governo de união nacional, se é com uma comissão que vai controlar, isso tudo é perfeitamente discutível", afirmou o ministro.
Questionado se há um prazo para Zelaya e sua comitiva deixarem a embaixada brasileira em Tegucigalpa, onde estão instalados, Amorim respondeu: "Nós não temos. O prazo é a credibilidade do processo eleitoral."
O ministro se disse confiante de que os representantes de Zelaya e do presidente de facto (expressão uitilizada na diplomacia para designar o governo golpista), Roberto Micheletti, chegarão a um acordo. "Estamos otimistas. Tenho acompanhado, recebido informações de Honduras e da OEA (Organização dos Estados Americanos). As informações não eram definitivas, mas eram positivas", declarou Amorim.
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