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O Brasil e mais 120 países votaram nesta terça-feira (22) a favor da resolução contra a Síria, na 3ª Comissão das Nações Unidas. Foram 13 votos contrários e 41 abstenções. A iniciativa condena os crimes caracterizados por execuções e detenções arbitrárias, uso excessivo de força, perseguição, desaparecimentos e maus-tratos, além de todas as ações que indiquem violações de direitos humanos.

Nas Nações Unidas, o peso de uma resolução é de advertência e tem caráter vinculativo. Na prática é um dos principais instrumentos diplomáticos de pressão. Aprovada uma vez em uma das instâncias do organismo outros tendem a seguir a tendência. Há três meses os termos do texto é negociado na comunidade internacional, só agora houve um acordo.

A proposta foi apresentada em conjunto pelas delegações da Alemanha, Grã-Bretanha e França. No texto, a comunidade internacional apela ao presidente da Síria, Bashar Al Assad, por um cessar imediato às violações denunciadas no país. Também sugere o cumprimento das decisões definidas pelo Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, como o envio de observadores estrangeiros.

Mortes

Os últimos dados da Organização das Nações Unidas (ONU) indicam que, pelo menos, 3,7 mil pessoas morreram nos confrontos entre policiais e manifestantes em cidades sírias. Desde março, há manifestações no país em protesto ao governo Assad. Há denúncias de repressão violenta por parte do governo, além de violações generalizadas aos direitos humanos, como assassinatos e torturas.

A Liga Árabe ameaça suspender a Síria do bloco que reúne 23 países. Na semana passada, os árabes deram um ultimato a Assad de três dias para ele permitir a entrada de observadores estrangeiros no país. O presidente sírio aceitou, mas não há data nem definições sobre a missão que irá a Damasco e às principais cidades sírias.

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