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O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, afirmou que “vender armas a Israel significa participar do seu genocídio”
O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, afirmou que “vender armas a Israel significa participar do seu genocídio”| Foto: EFE/EPA/MAXIM SHEMETOV/POOL

O Ministério das Relações Exteriores da Turquia anunciou neste domingo (3) que enviou uma carta às Nações Unidas para pedir a imposição de um embargo internacional de armas a Israel.

Segundo informações da agência France-Presse (AFP), o titular da pasta, Hakan Fidan, disse em uma coletiva de imprensa em Djibuti, país localizado no Chifre da África, que o documento foi assinado por 52 países e duas organizações intergovernamentais e entregue na sexta-feira (1º) às Nações Unidas.

Entre os signatários, estão Arábia Saudita, Brasil, Argélia, China, Irã, Rússia, a Liga Árabe e a Organização de Cooperação Islâmica, informou a AFP.

“Devemos repetir sempre que vender armas a Israel significa participar do seu genocídio”, disse Fidan, em referência à ofensiva israelense contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza. Em outubro, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, já havia pedido à ONU que impusesse um embargo de armas a Israel.

Os governos da Turquia e israelense trocam farpas desde o início da atual guerra no Oriente Médio, em outubro de 2023, desencadeada pelos atentados em que o Hamas matou 1,2 mil pessoas e sequestrou outras 251 em Israel.

Em agosto, a Turquia pediu para aderir a uma ação da África do Sul na Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia, na Holanda, que investiga acusações de genocídio na ofensiva de Israel em Gaza.

Antes, Erdogan havia comparado o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, a Adolf Hitler, e Ancara cortou em maio o comércio entre os dois países.

Além disso, em julho, Erdogan afirmou que vai vetar parcerias da OTAN na área de defesa com Israel devido à guerra na Faixa de Gaza. A chancelaria israelense acusa Erdogan de apoiar o Hamas.

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