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América do Sul

Brasil defende acordo com a França

O chanceler brasileiro, Celso Amorim, fala sobre o acordo militar do Brasil com a França: “Não temos nada a esconder” | Valter Campanato/Agência Brasil
O chanceler brasileiro, Celso Amorim, fala sobre o acordo militar do Brasil com a França: “Não temos nada a esconder” (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

Brasília - O Brasil defende que seu acordo militar com a França não tem semelhança com o compromisso fechado entre a Colômbia e os Estados Unidos, que prevê a presença de forças americanas em sete bases colombianas por dez anos. Com essa máxima, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá rebater possíveis críticas do presidente Álvaro Uribe, da Colômbia, durante o debate aberto sobre os temas de segurança da América do Sul que ocorrerá na sexta-feira em Ba­­riloche, Argentina, durante a reunião extraordinária de cúpula da União de Nações Sul-ame­­ricanas (Unasul).

"Não há nenhum problema em se discutir o acordo Brasil e França. Se ele (Uribe) tem o desejo de saber, então, ele vai saber, pois não temos nada a esconder", afirmou o ministro das Re­­lações Exteriores, Celso Amorim.

Em visita ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no início de agosto, Uribe detalhou o acordo EUA/Colômbia e assegurou que, se fosse convocado pela Unasul para defendê-lo, exigiria explicações sobre o compromisso na área de defesa firmado entre o Brasil e a França, em dezembro de 2008, e sobre a cooperação militar entre a Venezuela e o Irã.

No encontro da Unasul em Quito, em 10 de agosto, os líderes presentes concordaram com a agenda aberta da reunião de Bariloche, que abarcaria também o combate ao tráfico de drogas e de armas – temas que permitem o reforço das acusações do governo colombiano de que a Venezuela e o Equador apoiam as Forças Armadas Revolu­­cio­­nárias da Colômbia (Farc). Mas, daquela vez, Uribe não estava presente.

No domingo, esse compromisso foi reafirmado pelo chanceler equatoriano Falder Falconí, que esteve no Brasil e disse ter recebido a confirmação da chancelaria colombiana de que Uribe irá a Bariloche. Como meio de tranquilizar a Colômbia sobre a orientação não acusatória desse encontro, o chanceler equatoriano ressaltou que "ninguém se sentará no banco dos réus" e que "não há nenhum tema vetado".

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