O Ministério das Relações Exteriores reafirmou neste sábado (4) que a busca de uma solução para problemas registrados na Síria tem de ser capitaneado pelo povo daquele país. Diante do veto anunciado neste sábado pela Rússia e pela China à resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), o Itamaraty afirmou que a posição do Brasil com relação ao tema não mudou: o país condena de forma veemente o uso da força contra manifestantes. No entanto, acredita que somente uma solução negociada e pacífica pode por fim aos problemas. Um processo, completa, que tem de ser feito pelos sírios.

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As informações foram dadas às vésperas do desembarque da chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, ao Brasil. Ashton, que tem agendado para segunda-feira um encontro com ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, não esconde que um dos principais objetivos de sua missão é tentar convencer o País a adotar uma posição mais incisiva em relação ao governo do presidente sírio, Bashar Assad.

O Itamaraty, no entanto, já havia dado mostras - reforçadas agora com as novas declarações - de que rejeitará o apelo da diplomata europeia. Hoje, a assessoria do Ministério das Relações Exteriores informou que o fim do mandato rotativo do País no Conselho de Segurança da ONU, em dezembro, não mudou o interesse do governo brasileiro em acompanhar de perto os problemas registrados na Síria. E que a negociação é o melhor caminho para o fim dos conflitos.

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O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que o veto da China e da Rússia à resolução enfraquece a ONU e a comunidade internacional, segundo informações de seu porta-voz, Martin Nesirky.