
O ranking
Cálculo da Unesco leva em consideração matrículas no ensino primário, taxa de analfabetismo, igualdade de gênero e taxa de alunos que chegam ao 5º ano.
No mundo
1º Japão
2º Reino Unido
3º Noruega
4º Casaquistão
5º França
6º Itália
7º Suíça
8º Croácia
9º Holanda
10º Eslovênia
Na América do Sul
36º Uruguai
38º Argentina
49º Chile
71º Colômbia
72º Peru
74º Venezuela
77º Paraguai
78º Bolívia
80º Equador
88º Brasil
92º Suriname
Fonte: Unesco
Brasília - O Brasil manteve a mesma posição do ano passado e ficou no 88.º lugar de 127 no ranking de educação feito pela Unesco, o braço da ONU para a cultura e educação. Com isso, o país fica entre os de nível "médio" de desenvolvimento na área, atrás de Argentina, Chile e até mesmo Equador e Bolívia.
A classificação foi feita a partir de um índice criado para medir o desempenho das nações em relação a metas de qualidade para 2015 estabelecidas na Conferência Mundial de Educação de Dacar, em 2000.
Entre os objetivos a serem atingidos estão ampliar a educação infantil, universalizar o ensino primário, combater as desigualdades de gênero na área e melhorar a qualidade.
O "Relatório de Monitoramento Global", lançado ontem em Nova York, mostra como cada país está se saindo em relação a esses objetivos. O programa de combate ao analfabetismo no Brasil é apontado como um exemplo, embora o país tenha cerca de 14 milhões de pessoas que não sabem ler e escrever, e os dados mostram que o país é um dos que mais aumentou seus investimentos em educação.
Por outro lado, o documento mostra que o país ainda tem muitas crianças fora da escola e que esse número pode subir se a inclusão não for acelerada.
Objetivo distante
Assumido por 164 países, entre eles o Brasil, o compromisso para melhorar a qualidade da educação no mundo até 2015 está "longe de ser atingido", alerta a Unesco. São seis os objetivos: ampliar a educação para a primeira infância; universalizar o acesso à educação básica; garantir o atendimento de jovens em programas de aprendizagem; reduzir em 50% as taxa de analfabetismo; eliminar as disparidade de gênero no acesso ao ensino; e melhorar a qualidade da educação.
De acordo com a Unesco, embora tenha havido progresso, o número de crianças fora da escola vem caindo muito lentamente.