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Pressão

Brasil e África do Sul pedem clareza do Irã no programa nuclear

Lula e Zuma: Irã precisa deixar claro que seu programa nuclear é pacífico | Ricardo Moraes/Reuters
Lula e Zuma: Irã precisa deixar claro que seu programa nuclear é pacífico (Foto: Ricardo Moraes/Reuters)

Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da África do Sul, Jacob Zuma, cobraram ontem maior "transparência’’ do Irã por causa de seu programa nuclear.

"[Lula e Zuma] reafirmaram posição de que o Irã também tem que ser mais transparente e mostrar a todos que seu processo é um processo para fins pacíficos. [É preciso] deixar isso mais claro, inclusive na Agência Interna­­cio­­nal de Energia Atômica’’, disse o embaixador Piragibe Tar­­ragô, subsecretário de Assuntos Políti­­cos, que participou da reunião.

No encontro, Lula e Zuma de­­monstraram "sintonia’’ com re­­lação ao tema e concordaram que o presidente iraniano, Mah­­moud Ahmadinejad, tem soberania para enriquecer urânio para fins pacíficos, e que se deve dialogar como forma de evitar que Teerã seja submetida a sanções.

"Há completa sintonia entre as posições dos dois países em relação a Irã e Palestina. No caso do Irã, a África do Sul também acha que é preciso esgotar todas as possibilidades de diálogo e ne­­gociação para se chegar a um en­­tendimento’’, disse Tarragô.

Afinidade

O ministro de Relações Exterio­­res, Celso Amorim, disse ontem que, em encontros privados pela manhã com o presidente da Chi­­na, Hu Jintao, e o primeiro-mi­­nis­­tro da Índia, Manmohan Singh, o presidente Lula percebeu uma "grande afinidade’’ desses dois países.

O Brasil defende um caminho negociado para evitar represálias a Teerã devido ao seu programa nuclear, de fins pacíficos, se­­gundo os iranianos, e não militares, como apontam os Estados Unidos, por exemplo.

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