Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da África do Sul, Jacob Zuma, cobraram ontem maior "transparência do Irã por causa de seu programa nuclear.
"[Lula e Zuma] reafirmaram posição de que o Irã também tem que ser mais transparente e mostrar a todos que seu processo é um processo para fins pacíficos. [É preciso] deixar isso mais claro, inclusive na Agência Internacional de Energia Atômica, disse o embaixador Piragibe Tarragô, subsecretário de Assuntos Políticos, que participou da reunião.
No encontro, Lula e Zuma demonstraram "sintonia com relação ao tema e concordaram que o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, tem soberania para enriquecer urânio para fins pacíficos, e que se deve dialogar como forma de evitar que Teerã seja submetida a sanções.
"Há completa sintonia entre as posições dos dois países em relação a Irã e Palestina. No caso do Irã, a África do Sul também acha que é preciso esgotar todas as possibilidades de diálogo e negociação para se chegar a um entendimento, disse Tarragô.
Afinidade
O ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, disse ontem que, em encontros privados pela manhã com o presidente da China, Hu Jintao, e o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, o presidente Lula percebeu uma "grande afinidade desses dois países.
O Brasil defende um caminho negociado para evitar represálias a Teerã devido ao seu programa nuclear, de fins pacíficos, segundo os iranianos, e não militares, como apontam os Estados Unidos, por exemplo.