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Soldado brasileiro na periferia de Porto Príncipe, capital do Haiti: liderança do Brasil no país favoreceu eleição na ONU | Orlando Barría/Arquivo Efe
Soldado brasileiro na periferia de Porto Príncipe, capital do Haiti: liderança do Brasil no país favoreceu eleição na ONU| Foto: Orlando Barría/Arquivo Efe

Composição

A partir de 2010, o Conselho de Segurança da ONU terá os seguintes países:

Membros permanentes

China, França, Estados Unidos, Reino Unido, Rússia.

Membros não-permanentes

Áustria, Japão, México, Turquia, Uganda, Brasil*, Bósnia, Herzegovina, Gabão, Líbano e Nigéria

* O Brasil foi membro do Conselho de Segurança em 1946-47, 1951-52, 1954-55, 1963-64, 1967-68, 1988-89, 1993-94, 1998-99 e 2004-05.

Fonte: Nações Unidas

Nova Iorque - O Brasil foi eleito ontem para uma vaga de membro temporário do Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU). O País assume uma cadeira no órgão a partir de janeiro, com mandato de dois anos.

Também foram apontados pela Assembleia Geral para as vagas temporárias Nigéria, Bós­­nia, Líbano e Gabão. Nenhum dos cinco países tinha concorren­­tes regionais na disputa pelos postos e os vencedores saíram em primeiro turno de votação.

É a segunda participação do Brasil no CS durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva – a primeira foi entre 2004 e 2005 – e a décima participação do País desde a criação do órgão, em 1946.

O Líbano e a Bósnia estarão em uma rara posição no organismo mais poderoso da ONU: ambos são alvos de investigação do CS, ao mesmo tempo que o integrarão.

"Será um Conselho de Segu­­rança ainda mais forte, acredito, no ano que vem", disse o embaixador britânico na ONU, John Sawers. "Nós temos dois grandes países, Brasil e Nigéria, que carregam o peso de serem potências regionais. Temos dois países, Líbano e Bósnia, que passaram por conflitos e podem trazer suas próprias experiências ao Con­­se­­lho de Segurança."

Nos casos de Líbano e Bósnia, o diplomata britânico acrescentou ainda que o espaço no CS po­­de ajudar a fortalecer os sistemas de governo locais. A Bósnia nunca tinha ocupado um posto no órgão.

O CS tem 15 membros, sendo cinco deles permanentes, com poder de veto: Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, China e Rússia. Para a entrada dos cinco novos membros, deixarão o ór­­gão Burkina Faso, Costa Rica, Croácia, Líbia e Vietnã. Os cinco membros eleitos no ano passado – México, Áustria, Japão, Tur­­quia e Uganda – ficam até 1.º de ja­­neiro de 2011.

Prioridades

"As prioridades do país como membro eleito do Conselho in­­cluem a estabilidade do Haiti, a situação na Guiné-Bissau, a paz no Oriente Médio... e um enfoque que articule a defesa da segurança com a promoção do desenvolvimento socioeconômico", afirma o documento.

"Nós sempre demos uma contribuição para a paz mundial e, com essa escolha, continuaremos dando", disse a jornalistas o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, pouco antes do anúncio dos escolhidos, durante a 2.ª Conferência das Co­­mu­­ni­­dades Brasileiras no Exterior, no Rio de Janeiro.

Para Reginaldo Nasser, professor de Relações Internacionais da PUC-SP, a eleição do Brasil pa­­ra o CS da ONU acontece num mo­­mento favorável para a preten­­são brasileira de tornar-se membro permanente do Con­­se­­lho.

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