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Educação

Brasil e EUA ampliarão intercâmbio estudantil

São Paulo – Os governos do Brasil e dos Estados Unidos vão anunciar hoje, em Brasília, um acordo bilateral que vai permitir que mais brasileiros estudem em escolas técnicas americanas. O acordo, que dará também oportunidade para que estudantes americanos estudem no Brasil, foi anunciado ontem em São Paulo pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, e pela secretária de Educação dos EUA, Margaret Spellings.

A secretária americana, que evitou dar detalhes sobre o acordo para não esvaziar o anúncio de hoje, disse que seu país reconhece a importância do Brasil no contexto latino-americano e por isso quer encorajar mais parcerias entre instituições privadas e públicas.

"Nos costumamos dizer que quando queremos vender devemos vender na língua do comprador e não ao contrário, que o comprador fale nossa língua", disse Margaret Spellings.

Interesse mútuo

O ministro Fernando Haddad disse que o intercâmbio é uma oportunidade para ampliar o acesso à educação profissional, o que interessa também aos EUA.

"Esse intercâmbio com os EUA interessa ao estudante brasileiro, interessa também ao estudante americano porque nossa rede é muito conceituada fora do Brasil. Temos todo o interesse em ampliar as oportunidades de acesso à educação profissional, tanto quanto estamos fazendo na educação superior", disse, lembrando que os convênios são feitos pelas próprias universidades e escolas técnicas, o que dificulta a quantificação dos projetos.

"Não temos tabulado porque não sai do orçamento do MEC; sai do orçamento das universidades e Cefets, nos seus acordos de cooperação", explicou.

De acordo com o ministro da Educação, o intercâmbio com os americanos para o ensino técnico prevê que dos atuais 15 brasileiros que vão estudar nos "comunity colleges", as vagas sejam ampliadas para 60 estudantes.

Ao lado da secretária, o subsecretário adjunto para programas acadêmicos, Thomas Farrell, disse que os EUA estão destinando US$ 75 milhões para projetos envolvendo estudantes em toda América Latina, combinando programas governamentais e filantrópicos. Margaret Spellings garantiu que problemas como o visto de permanência, comuns para estudantes brasileiros, estão sendo resolvidos.

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