A Itália enviou ao Brasil um navio, com um hospital emergencial a bordo, que deve atracar em Fortaleza (CE) amanhã. Após abastecer, a embarcação partirá em missão humanitária rumo ao Haiti.
O navio levará ainda oito helicópteros e mais de mil tripulantes, sendo 900 italianos e 75 brasileiros, e tem como principal objetivo prestar atendimento médico aos sobreviventes do terremoto. "A operação conjunta entre a Marinha do Brasil e da Itália é basicamente para realizar atendimentos médicos. Os helicópteros embarcados poderão também realizar outras atividades em conjunto com as tropas, como por exemplo a retirada de feridos", disse o subchefe do Comando de Operações Navais, o contra-almirante José Aloysio de Melo.
O hospital emergencial do navio da Marinha italiana possui 235 leitos, com duas salas de cirurgia, oito de terapia intensiva, além de salas de enfermaria e raio-X.
Entre os 75 tripulantes brasileiros, há seis médicos e oito enfermeiros da Marinha (vindos de Belém e Rio), além de cinco médicos e seis enfermeiros civis (a maioria do Rio Grande do Sul).
O capitão de fragata e médico Álvaro Figueiredo será responsável pela equipe médica da Marinha brasileira todos voluntários, segundo a própria Marinha.
A previsão é que o navio chegue ao Haiti até o próximo dia 17 de fevereiro e permaneça em operação na área por cerca de 30 dias em apoio as ações humanitárias e tropas da Minustah, a missão de paz da ONU no Haiti. Um outro navio com 70 toneladas de carga também deve ser enviado.
Lula no Haiti
Ainda ontem, o presidente Lula definiu a data em que visitará o Haiti: 25 de fevereiro. Foi durante discurso no Fórum Social Mundial, em Porto Alegre.
Um homem também foi retirado com vida dos escombros, duas semanas após o terremoto. Socorristas levantaram a hipótese de que ele, na verdade, tenha sido soterrado num dos tremores seguintes, enquanto saqueava uma loja.