O Brasil e mais dez países latino-americanos integrantes do Grupo de Lima rechaçaram ontem, em nota conjunta, qualquer ação ou declaração que “implique uma intervenção militar ou o exercício da violência, a ameaça ou o uso da força na Venezuela.”
A nota conjunta foi divulgada horas depois de o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, afirmar que “com respeito a uma intervenção militar para derrubar Nicolás Maduro, não devemos descartar nenhuma opção”. Apesar de ser um duro crítico do regime de Nicolás Maduro, Almagro não havia até então avançado para a hipótese militar.
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O governo dos Estados Unidos vem pressionando os países da região a seguir por essa linha. Em setembro do ano passado, no período em que ocorreu a Assembleia-geral das Nações Unidas em Nova York, o presidente Donald Trump recebeu um grupo de mandatários da região. O presidente brasileiro Michel Temer (PMDB) era um dos convidados.
Segundo um dos presentes, Trump perguntou se eles tinham certeza que não queriam uma “solução militar” para a Venezuela. A oferta pegou a todos de surpresa e não estava claro se o americano estava falando sério ou brincando. De toda forma, a proposta foi rejeitada por todos. Foi dito a ele que a hipótese estava fora de cogitação. Eram convidados o então presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, o presidente do Panamá, Juan Carlos Varela, e a vice-presidente da Argentina, Gabriela Michetti.
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Na nota de sábado (15), o Grupo de Lima, criado para discutir de forma articulada a crise venezuelana, reafirmou seu compromisso de contribuir para a volta da democracia naquele país com iniciativas no âmbito do direito internacional. Assinam a nota: Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru e Santa Lúcia.
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