Veja os principais trechos da entrevista de Obama para a rede CNN| Foto:

Exército mata 15 antes da chegada de Obama

Um tiroteio entre tropas do Exército mexicano e um comboio de homens armados matou 15 pistoleiros e um soldado na noite de quarta-feira, horas antes da chegada do presidente Barack Obama ao país, ontem, para mostrar o seu apoio à luta liderada pelo presidente Felipe Calderón contra os cartéis de droga.

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Cidade do México - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse ontem em entrevista à rede de tevê CNN em espanhol que "os tempos mudaram" e que, agora, o Brasil "é uma potência econômica e uma peça-chave no cenário internacional". O americano disse ainda que ele e o colega brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, "deveriam ser parceiros".

"Minha mensagem mais importante é a de que vivemos no século 21. Os tempos mudaram. Um país como o Brasil é uma potência econômica e uma peça-chave no cenário mundial. A minha relação com o presidente Lula é a de dois líderes que têm grandes países, que estão tentando resolver problemas e criar oportunidades para nossos povos, e nós devemos ser parceiros. Não existem parceiros sênior e parceiros júnior."

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Obama destacou a importância que percebe no Brasil ao comentar a desconfiança com que os latino-americanos veem os EUA. Ontem o presidente iniciou uma visita oficial ao México – a sua primeira, na América Latina. De lá, ele irá a Trinidad e Tobago, participar da 5ª Cúpula das Américas ao lado dos outros 33 líderes do continente.

"Não quero exagerar no grau do sentimento antiamericano. Eu acho que essas coisas têm altos e baixos", afirmou Obama. "Há uma tradição de preocupação em relação ao rigor dos EUA nas políticas direcionadas à América Latina. E isso não apareceu só no governo Bush (2001–2008). Isso data da doutrina Monroe."

Em dezembro de 1823, o presidente americano James Monroe (1817–1825) lançou a doutrina que declarava o Hemisfério Ocidental sua zona de influência e que ficou conhecida pela frase: "A América para os americanos".

Amizade

Os laços entre Obama e Lula apareceram ainda antes da eleição do americano, no final do ano passado, quando o brasileiro declarou apoio à candidatura dele. Menos de uma semana depois da posse, Obama telefonou para Lula e o convidou para ir à Casa Branca, em março, convite que o brasileiro aceitou e cumpriu – foi apenas o terceiro líder a visitar o americano.

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Dias depois, na reunião do G20, em Londres, Obama foi flagrado dizendo, em uma conversa informal, que Lula era "o cara" e "o político mais popular da Terra". Depois, em Brasília, Lula comentaria a cena dizendo que Obama é "um cara legal".