O Brasil prestará apoio logístico a uma operação da Cruz Vermelha para libertação de reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). A ajuda foi confirmada ontem (23) pelo embaixador brasileiro na Colômbia, Valdemar Carneiro Leão Neto, em conversa com jornalistas em Bogotá. Neto descartou no entanto, qualquer mediação política por parte do governo brasileiro.
De acordo com a Cruz Vermelha, a expectativa é de que sejam libertados seis reféns três policiais, um militar e dois políticos - o ex-governador do departamento de Meta, Alan Jara, e o ex-deputado do Valle del Cauca, Sigifredo López, sequestrado pelas Farc em 11 de abril de 2002. A data e os detalhes da operação ainda estão sendo definidos.
Por enquanto, a única confirmação é de que o governo brasileiro deverá fornecer helicópteros para o resgate dos reféns. Segundo a Embaixada do Brasil em Bogotá, o apoio foi solicitado pela Cruz Vermelha e, reiterando posição do governo brasileiro, o embaixador deixou claro que qualquer ajuda só ocorreria om anuência expressa do governo de Álvaro Uribe o que já ocorreu.
Em comunicado, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) informa que dialogou com alguns países da região sobre as capacidades e disponibilidades logísticas para a missão humanitária de resgate. O Brasil foi considerado devido sua proximidade geográfica e pelas facilidades de logística que poderá oferecer a este processo, explica o CICV em sua página na internet. Ontem (23), o presidente do Congresso, Hernán Andrade, agradeceu publicamente a ajuda oferecida pelo Brasil.
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