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Haitianos tentam atravessar uma estrada alagada em Leogane, 33 quilômetros ao sul de Porto Príncipe | Thony Belizaire/AFP
Haitianos tentam atravessar uma estrada alagada em Leogane, 33 quilômetros ao sul de Porto Príncipe| Foto: Thony Belizaire/AFP

O Ministério das Relações Ex­­teriores do Brasil anunciou on­­tem que irá enviar um helicóptero à ilha caribenha de Santa Lúcia "para auxiliar os esforços de assistência aos locais mais afetados pelos efeitos do furacão To­­más". Em nota, informou que viabilizará o transporte de equipamentos e de pessoal, "sobretudo em apoio às atividades de retirada de lama e terra que obstruem represas e estradas locais, dificultando o acesso da ajuda humanitária aos cidadãos mais atingidos pela tragédia".

No comunicado diz ainda que a passagem do furacão Tomas por Santa Lúcia, no dia 30 de ou­­tubro, teve forte impacto sobre o país, levando à decretação de estado de emergência. "Ao provocar desabamentos, deslizamentos e inundações, resultou em sérios danos no plano da in­­fra­­estrutura – com a destruição de diferentes áreas da rede rodoviária–, isolando comunidades e comprometendo os principais setores econômicos, como agricultura e turismo". Segundo o mi­­nistério, danos na infraestrutura poderão acarretar, ainda, falta de água em diferentes áreas do país.

Mortes

O furacão Tomas deixou 14 mortos em sua passagem pela ilha caribenha de Santa Lúcia. Em Cuba, a 100 km de distância do Haiti, o furacão causou problemas em Guantánamo, Granma e Santiago de Cuba.

Também provocou a morte de pelo menos seis pessoas no Haiti e deixou várias cidades inundadas, o que pode agravar ainda mais a epidemia de cólera que atinge o país, que já já ma­­tou 500 pessoas, informou sá­­bado passado o Ministério da Saúde haitiano, em seu site na internet.

Os últimos números oficiais situam em 501 os mortos na epidemia de cólera contra 442 em 3 de novembro, enquanto o número de hospitalizados alcançou os 7.359 contra 6.742 na quarta-fei­­ra passada.

Embora seja uma doença de fácil tratamento, o có­­lera tem um período curto de incubação, às vezes de algumas horas, e causa uma diarreia que pode derivar rapidamente para uma desidratação severa, levando à morte.

No Haiti não se confirmavam casos de cólera havia décadas. As autoridades temem que a epidemia possa se acelerar, devido às inundações provocadas pelo fu­­racão Tomas, que passou pelo Haiti na sexta-feira.

Além disso, 1,3 milhão de pessoas de uma população de 10 milhões vivem em campos de refugiados e está vulnerável às intempéries desde o devastador terremoto de janeiro, que deixou 250 mil mortos.

As agências de ajuda advertem que o cólera pode se espalhar muito rapidamente nessas condições

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