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O Ministério das Relações Exteriores enviou nesta segunda-feira a segunda carta ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) expressando preocupação com as "ameaças" e o "ultimato" feitos pelo governo de facto de Honduras.

Segundo a assessoria de imprensa do Itamaraty, o chanceler Celso Amorim conversou com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, e a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, sobre o assunto.

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse que o governo golpista de Honduras demonstra um "estado de surdez".

"Nas conversas, demonstrei preocupação em dois fatores importantes. O ultimato ou pseudoultimato dado pelo governo de fato em relação à presença diplomática do Brasil e também a recusa da missão precursora da OEA em Tegucigualpa. Os dois fatos são graves porque eles demonstram que há quase que um estado de surdez das autoridades de fato em relação ao que eu tenho dito à comunidade internacional. Há uma total falta de receptividade ao não receber uma missão precursora da OEA. Demonstra uma total negativa ao diálogo e à posição pacifica", disse Amorim.

Amorim disse que pediu para a ONU um maior envolvimento com a questão, mas ressaltou que isso não pode se sobrepor ao papel da OEA como negociadora. Ele negou ter pedido que uma missão da ONU vá até Honduras.

"Mencionei ao longo dessas conversas um maior envolvimento da ONU. Não é para diminuir o papel da OEA como interlocutor político. A forma desse maior envolvimento eu não posso dizer qual é. Mas uma missão da ONU não pode desautorizar a da OEA. Ela só pode ir para fortalecer a OEA", analisou.

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