O Brasil está participando dos esforços da Marinha da Argentina para encontrar e resgatar o submarino argentino que está desaparecido desde a última quarta-feira com 44 tripulantes.
Segundo o ministro Raul Jungmann (Defesa), o Brasil enviou três embarcações para a região das buscas: o navio de socorro submarino Filinto Perry, a fragata Rademaker e o navio polar Maximiano.
Jungmann disse também que o Comando da Aeronáutica colocou à disposição dos argentinos um avião C-105 de busca e salvamento e um quadrimotor de patrulha marítima de longa distância P-3.
O ARA San Juan estava em um exercício de vigilância na zona econômica exclusiva marítima argentina a cerca de 400 km a leste de Puerto Madryn, na Patagônia (sul do país). Ele se dirigia de volta à sua base em Mar del Plata, ao norte, quando as comunicações foram interrompidas.
Leia também: Chile condena primeiro civil por crimes durante a ditadura de Pinochet
A Argentina aceitou ajuda ainda dos Estados Unidos, que enviarão o avião explorador da NASA P-3, que estava estacionado na cidade do sul de Ushuaia e se preparava para partir para a Antártida.
O Reino Unido também ofereceu apoio nas buscas pelo ARA San Juan e disponibilizou um avião Hércules que opera nas ilhas Malvinas (Falklands, para os britânicos).
Outros países que manifestaram ajuda ao governo argentino foram Uruguai, Chile, Peru, e África do Sul, segundo informações do jornal argentino “Clarín”.
“A detecção tem sido difícil apesar da quantidade de barcos e aeronaves” envolvidos na busca, disse o porta-voz da Marinha argentina, Enrique Balbi, observando que ventos fortes e altas ondas estão complicando as buscas.
Há relatos na imprensa local de que houve um incêndio nas baterias do barco, mas a Marinha argentina não confirma a informação. Nesta sexta, houve um boato de que o barco havia sido encontrado, mas ele foi negado pelo porta-voz da Marinha.
“Esperamos que esteja na superfície”, disse Balbi.
O San Juan terminou de ser construído em 1985 e passou por uma longa revisão para lhe dar mais 30 anos de vida útil que acabou em 2013.
O presidente argentino, Mauricio Macri, disse que o governo estava em contato com as famílias da equipe.
“Nós compartilhamos sua preocupação e a de todos os argentinos”, escreveu no Twitter.
“Estamos comprometidos em usar todos os recursos nacionais e internacionais necessários para encontrar o submarino ARA San Juan o mais rápido possível”.
As autoridades argentinas evitam usar o termo “perdido” ou “desaparecido”.
“A última informação oficial e confiável é de que o submarino ainda não foi encontrado. Não é que esteja perdido: para estar perdido, você tem de procurá-lo e não encontrá-lo”, afirmou Balbi.
Leia também: Procuradora venezuelana pede investigação internacional sobre Maduro