O ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse, nesta quinta-feira (16), durante visita a Washington, que o Brasil deverá enviar um batalhão de 1.000 homens e mulheres para a missão de paz na República Centro-Africana. "O Brasil gostaria de assumir o comando, mas a palavra final é da ONU (Organização das Nações Unidas). Mesmo sem o comando o Brasil vai participar, pois temos responsabilidades globais com a estabilidade e a paz no mundo", declarou o ministro.
Nesta quarta (15), Jungmann foi a Vancouver, no Canadá, para participar da conferencia das missões de paz da ONU.
O ministro também disse que, mesmo tendo passado 36 mil homens e mulheres pela missão de paz brasileira, nunca houve uma acusação de abuso sexual. "Isso me dá muito orgulho como brasileiro", declarou.
No início da semana, ele se reuniu com Thomas Shannon, subsecretário de Estado para Assuntos Políticos dos EUA e ex-embaixador americano em Brasília. Jungmann informou o americano sobre a intenção do Brasil de criar uma autoridade sul-americana de segurança para combater o crime organizado nas regiões de fronteira.
O foco do encontro, porém, foi a base espacial de Alcântara, no Maranhão. Segundo o ministro, a participação dos EUA no projeto "faz sentido", mas disse que a base não será exclusiva de país algum. "Estamos trabalhando no sentindo de ampliar a área para que outras plataformas possam existir. Participarão os países que tenham interesse e que sejam do interesse do Brasil."
Nesta sexta (18), o ministro fará uma palestra no Fórum de Líderes Globais, evento organizado pelo CSIS (Center for Strategic and International Studies), uma think tank sediada em Washington, onde ele apresentará a estratégia de defesa do país e discutirá os desafios da indústria em âmbitos regional e global, além do atual relacionamento entre Estados Unidos e Brasil nesse setor.
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