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crise migratória

Brasil está aberto a receber refugiados apesar do momento difícil do país, diz Dilma

Refugiada carrega uma criança na fronteira entre a Grécia e a Macedônia | YANNIS BEHRAKIS/REUTERS
Refugiada carrega uma criança na fronteira entre a Grécia e a Macedônia (Foto: YANNIS BEHRAKIS/REUTERS)

A presidente Dilma Rousseff afirmou, em artigo publicado nesta quinta-feira (10), que o Brasil está aberto a receber refugiados em meio à crise migratória internacional, apesar do momento de superação de dificuldades enfrentadas pelo país.

Em artigo publicado no jornal “Folha de S.Paulo” desta quinta-feira, Dilma citou a foto de um menino sírio de 3 anos morto por afogamento durante travessia da Turquia para a Grécia como um exemplo da “tragédia de terríveis proporções” que impõe desafios à toda humanidade.

“O Brasil, mesmo neste momento de superação de dificuldades, tem os braços abertos para acolher refugiados. Reitero a disposição do governo brasileiro de receber aqueles que, expulsos de suas pátrias, para o Brasil queiram vir, viver, trabalhar e contribuir para a prosperidade e para a paz. Queremos oferecer-lhes essa esperança”, disse a presidente no artigo.

Dilma não especificou as “dificuldades”, mas o artigo foi publicado um dia após o Brasil perder o selo de bom pagador pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s, com o rebaixamento do rating soberano, num quadro de recessão econômica e crise política.

No artigo, a presidente acrescentou que os conflitos na Síria e no Iraque responsáveis pelo enorme fluxo de imigrantes para a Europa devem ocupar espaço de destaque na Assembleia-Geral da ONU que começa na próxima semana, e cobrou ações urgentes de solidariedade.

Segundo a presidente, desde o início da guerra civil na Síria e da multiplicação de conflitos no Oriente Médio e no Norte da África o Brasil tem oferecido vistos humanitários aos refugiados sírios, no total de 7.752 vistos concedidos até o momento.

“Determinei que esse esforço seja ampliado, pois, como país que abriga em sua população mais de 10 milhões de descendentes sírio-libaneses, não poderíamos agir de outra maneira”, afirmou.

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