Um estudo da União Interparlamentar divulgado na véspera do Dia Internacional da Mulher – celebrado nesta sexta-feira, 8 de março – classificou os países com base na porcentagem de mulheres em seus órgãos legislativos. Com base nas informações obtidas até o primeiro dia deste ano, o Brasil ficou em 133º lugar, empatado com o Paraguai, com mulheres representando 15% da Câmara dos Deputados – abaixo da média mundial de 24,3%.
Em primeiro lugar está Ruanda, com 61,3% de sua câmara baixa composta de mulheres. Os Estados Federados da Micronésia, Papua Nova Guiné e Vanuatu ficaram empatados na última posição, com nenhuma mulher em seus parlamentos.
Os primeiros cinco lugares da classificação sugerem que o país que possui um parlamento mais igualitário não é necessariamente uma democracia forte. Além de Ruanda, completam o Top 5: Cuba (53,2%), Bolívia (53,1%), México (48,2%) e Suécia (47,3%).
Os Estados Unidos ficaram na posição 78, empatados com Montenegro, com 23,5% de mulheres em suas câmaras baixas.
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O Japão, com apenas um décimo da sua Câmara composto por mulheres, ficou na posição mais baixa entre os países do G-20. O México, que ficou em quarto lugar, com mulheres representando 53,1% de sua Câmara de Deputados, foi o país do G-20 mais bem classificado.
Os países nórdicos – Dinamarca, Finlândia, Islândia, Noruega e Suécia, todos frequentemente elogiados por suas políticas de igualdade de gênero – ficaram entre os 25 primeiros (ocuparam os lugares 25º, 12º, 21º, 14º e 5º, respectivamente).
O Chile, onde um funcionário do governo local foi notícia nesta semana quando disse que as mulheres já são totalmente livres e estão satisfeitas com poemas e rosas, ficou em 88º lugar.
Alguns especialistas dessa questão apontam que 30% é o ponto em que as mulheres são capazes de atingir uma “massa crítica” para influenciar a política (ou negócios, ou qualquer outro setor predominantemente masculino). Alguns estudiosos, no entanto, sugerem que 30% pode ser uma proporção muito baixa para reformular a cultura política ou o discurso político, ou mesmo apenas para mudar as percepções sobre as mulheres na política.
Mas se tomarmos o valor de 30% como a marca de corte – apenas 50 dos 193 países do estudo a atingem.
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